Neste início de ano, 21 deputados federais deixaram o cargo para assumir governos estaduais, vice-governadorias e secretarias de Estado. Mesmo sem trabalho legislativo previsto, já que o Congresso está em recesso em janeiro, serão substituídos por seus suplentes, que podem faturar cerca de R$ 40 mil em um mês -em 1º de fevereiro os deputados eleitos em outubro de 2006 assumem o cargo.
Nesta terça-feira, o deputado Aldo Rebelo (PC do B-SP), presidente da Câmara, empossou quatro desses 21 novos deputados. Eles receberão salário (R$ 12.800), auxílio-moradia (R$ 3 mil), ajuda de custo para despesas ao assumir o cargo -equivalentes a um salário (R$ 12.800)- e a verba indenizatória de R$ 15 mil. O total de R$ 43.600, entretanto, não deverá ser atingido por nenhum parlamentar, já que o salário e auxílio-moradia são pagos proporcionalmente aos dias trabalhados.
Mesmo assim, além das verbas já mencionadas, os "deputados-tampão" terão direito a recursos extras, como as passagens aéreas para seus estados (quatro ida e volta), cota de telefone e de correios.
Terão direito a receber esse dinheiro extra: cinco novos deputados de São Paulo, três do Rio de Janeiro, três do Rio Grande do Sul, três de Pernambuco, dois do Distrito Federal, um do Pará, um de Minas Gerais, um do Rio Grande do Norte, um de Mato Grosso do Sul e um da Bahia.
Esses novos parlamentares já assumiram ou vão assumir as vagas deixadas pelos governadores do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PFL); de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB) e do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius. Pelos vice-governadores de São Paulo, Alberto Goldman (PSDB), do Rio Grande do Norte, Iberê Ferreira (PSB) e de Mato Grosso do Sul, Murilo Zauith (PFL). Os outros 15 novos deputados estão assumindo vagas deixadas por parlamentares que assumiram secretarias de governo dos seus respectivos estados.
Com informações da Agência Brasil