O promotor de Justiça da comarca de Maribondo, Fábio Vasconcelos Barbosa está enviando um ofício ao procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca comunicando a ameaça de morte que recebeu de um réu, em pleno júri na primeira quinzena de dezembro.
O promotor de Justiça espera que a Procuradoria Geral de Justiça tome as devidas providências e comunique o fato aos órgãos de segurança pública do Estado.
Os fatos ocorridos já foram relatados à presidência da Associação do Ministério Público de Alagoas (Ampal). O presidente da entidade, Alberto Fonseca informou que o Ministério Público continuará agindo de acordo com suas prerrogativas funcionais e que ameaças jamais intimidarão o trabalho funcional de um promotor de Justiça.
O fato, segundo o promotor de Justiça Fábio Vasconcelos, ocorreu na primeira quinzena de dezembro durante um júri, onde o réu, Wellington dos Santos da Silva, conhecido como “Nem Careca”, de 22 anos, foi condenado a 19 anos de prisão, acusado de homicídio qualificado. A vítima: Cássio Andrey, que foi abatido pelas costas sem a menor possibilidade de defesa, durante uma festa junina no ano de 2004.
De acordo com o promotor, que já recebeu várias ameaças durante sua atividade como agente ministerial, dessa vez a ameaça de morte foi feita de forma inusitada, já que aconteceu durante o júri, na presença do juiz Galdino Vasconcelos.
O réu perguntou ao juiz no final do júri: “Se eu matar mais um, eu pego quantos anos de cadeia?”, indagou Wellington, referindo-se com gestos ao promotor de Justiça. Além de ameaçar o promotor, o réu também chegou a intimidar os jurados e policiais.
O réu também é acusado de três roubos na comarca de Maribondo, dois na comarca de São Miguel dos Campos e três a quatro homicídios em Maceió.