O novo governo das Alagoas, instalado há uma semana, sob a confiança e a esperança dos alagoanos, começa com os pés no chão, a consciência da responsabilidade e o olhar no futuro.
A equipe escolhida pelo governador Teotônio Vilela ao que nos parece é a ideal. O seu staff está composto de pessoas competentes, supostamente éticas e com passado de resultados.Afora as sempre incômodas “indicações políticas”, que sempre atrapalham e travam a administração, no entanto mesmo estas podem às vezes ser positivas.
O que precisa agora é todo mundo sair para a luta na busca de construir uma Alagoas melhor. Não cabe essas historinhas ridículas de “herança maldita”, “estado falido” etc. Em situação muito pior a administração foi entregue em 1999,quando o caos era absoluto pela irresponsabilidade dos que passaram e tudo terminou na plena normalidade administrativa e moral.
O grande e absurdo “calo” é a impagável divida pública, mas se alguém ousar dizer que “não sabia que era desse tamanho”, ou é irresponsável ou despreparado.Esta ou se renegocia ou tudo vai por água abaixo.
O governador, com uma visão competente começou acertando em cheio em alguns setores vitais para o desenvolvimento. Eu mesmo durante anos fiz críticas, abordei com rigor, desagradei e criei inimigos pela minha posição intransigente para a profissionalização do turismo alagoano.
Jamais o setor turismo pode ser moeda de troca política ou acomodação para parasitas como tem acontecido nos últimos anos. Turismo é coisa de profissional e sempre citei a Bahia como exemplo.
A diminuição da máquina administrativa se fazia necessária com a maior urgência. Era vergonhoso, absurdo e cruel o número de secretarias e órgãos equivalentes. A grande maioria sem qualquer utilidade, mas apenas para se fazer política menor e inflar egos de garotos despreparados e sem a menor noção de responsabilidade.
Existem setores na administração pública que não cabem barganhas ou acomodações .Quero ressaltar dois deles que deram resultados pela seriedade e o caráter profissional. O Programa de Educação Fiscal e a Agencia de Serviços Administrativos – Agesa. Ambos dirigidos por servidores do próprio quadro da Secretaria da Fazenda, compostos por técnicos altamente competentes, de reconhecimento nacional.
Sou testemunha desses surpreendentes resultados que trouxeram celeridade e economia na modernização das licitações e compras governamentais. Faço questão de em todos os cursos de licitação que ministro levar os alunos para uma “aula prática”, para ver ao vivo como se fazer uma licitação com a mais absoluta qualidade técnica, legal e moral.Setores como estes é preciso muito cuidado e critério em suas mudanças, para não retroceder e mudar para pior.
Ao desejar sucesso ao novo governo, com o qual contribui apenas com o meu voto, também asseguro que o apoiarei nos acertos e o criticarei nos erros, pois esta é a minha missão e dela não abro mão.Agora é tocar pra frente e mostrar resultados.
*Jornalista e presidente do Instituto Cidadão
