Após cerca de seis horas de assembléia, os policiais decidiram atender ao pedido do comando da Polícia Militar e aguardar 72 horas até que uma decisão mais séria seja adotada.
Durante toda a manhã, os oficiais discutiram as medidas que serão adotadas, a partir de agora, quanto ao decreto do governador, que suspende os reajustes salariais dos militares, policiais civis e servidores da Educação.
Segundo o presidente da Associação dos Oficiais da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros Militar, tenente-coronel Lucena, os oficiais decidiram entrar hoje com ação na Justiça para anular o decreto do governador. “Não sabemos ainda qual procedimento será adotado, mas o advogado deverá entrar com ação de inconstitucionalidade para revogar o decreto”, explicou.
“Não entendo porque ele [governador] não cortou o duodécimo da Assembléia Legislativa ou do Judiciário. Se ele acha que a reação vai ser diferente se enganou. Vamos lutar pelos nossos direitos. Exigimos respeito ao funcionalismo”, completou.
Na próxima quarta-feira, às 15h, uma comissão de representantes dos oficiais e o secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, reunem-se para discutir as reivindicações da categoria. E na próxima quinta-feira, uma nova assembléia, marcada para as 10 horas, no Clube dos Oficiais, deverá definir o destino da categoria.
“Ninguém vai aceitar que nenhum centavo seja retirado de nós. Vamos nos reunir em assembléia na quinta-feira. Se até lá nada for resolvido, deveremos decidir pela paralisação geral das atividades”, finalizou Lucena.