Aldo condena estratégias de Chinaglia

O presidente da Câmara dos Deputados, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), condenou as práticas do seu adversário na disputa pelo comando da Casa, o petista Arlindo Chinaglia. Ele disse esperar que o debate entre os candidatos revele as estratégias que cada um vem usando para conquistar a vaga.

"Quando nós tivermos as idéias de todos os candidatos postas no debate sobre o que queremos para o Brasil, se a presidência da Câmara tem que compor uma agenda para o país, a partir daquilo que seja apresentado na pauta do Executivo, do crescimento da economia, dos governadores, dos prefeitos, ou se a presidência tem que ser eleita a partir de acordos regionais em torno de Assembléias Legislativas, a partir de compensações ou promessas ministeriais", afirmou.

Segundo Aldo, a resposta para estes questionamentos é que fará "a diferença fundamental" para a campanha. "Você elege [o presidente] a partir desse tipo de prática ou a partir de idéias, propostas e uma agenda para o país. É isso que está em jogo", disse.

Chinaglia vem sendo acusado de ter feito um acordo com os governadores da Bahia (Jaques Wagner), São Paulo (José Serra), e Minas Gerais (Aécio Neves) para que eles tenham aliados nas presidências das respectivas Assembléias Legislativas e tranqüilidade nas votações de projetos garantidos pelo PT em troca de apoio a sua candidatura na Câmara.

Apoios

Sobre a decisão do bloco PL-Prona-PSC, que anunciou mais cedo apoio à candidatura do petista, Aldo afirmou que a eleição se ganha no plenário, sinalizando que aposta no voto secreto.

"O processo de escolha tem um desfecho que vai ser definido no dia 1º de fevereiro e tenho confiança de que, além dos votos já consolidados para minha candidatura do PSB, PFL, PMDB e PSDB, tenho votos em todos os partidos e confiança na minha vitória", disse.

Aldo disse ainda que não tem objeções ao lançamento de uma terceira candidatura que vem sendo discutida por um grupo suprapartidário, mas rechaçou as especulações de que ele teria interesse neste fato para levar a eleição para o segundo turno.

"Não discuto a candidatura da terceira via a partir dos meus interesses. Todas são legítimas", afirmou o atual presidente da Câmara.

PSDB

Aldo também comentou a polêmica no PSDB por causa do apoio da bancada a Chinaglia. "O PSDB não rachou por minha causa. O partido tem divergências internas com relação à candidatura e à própria Câmara", afirmou.

Ainda nesta segunda-feira, Aldo recebeu o apoio de mais um tucano, o governador da Paraíba, Cássio Cunha Lima. Ele também teve a confirmação dos votos da bancada do PMN, que tem três deputados eleitos.

Ainda nesta noite, Aldo se reúne com os articuladores de sua candidatura para avaliar as estratégias de campanha.

Folha Online

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