O polêmico decreto, de número 3.555, publicado ontem no Diário Oficial não tem data para deixar de ser cumprido. A afirmação é de integrantes do Grupo de Trabalho, nomeado para discutir a medida com servidores e sindicalistas.
A medida, que suspendeu os reajustes salariais concedidos pelos ex-governadores Ronaldo Lessa (PDT) e Luis Abílio (PDT), a partir de março do ano passado, teve bastante repercussão hoje, principalmente porque foi o dia em que os trabalhadores puderam ver quanto foi cortado.
Para o secretário do Gabinete Civil, Álvaro Machado, o corte dos reajustes tem como objetivo equiparar as contas do Estado, o que pode levar algum tempo.
“Essa é a primeira reunião com o Sinteal. Vamos detalhar a relação das medidas com as contas do Estado e esperar a compreensão deles para o fato de que pior que essa situação é a Ação Administrativa que geraria demissão dos servidores e cancelamento definitivo dos reajustes feitos desde abril”, explicou.
Sobre os reajustes, o secretário de Educação e Esporte também não escondeu que não há datas ou prazos para resolução do problema.
“Complicado dizer quando será resolvida a situação. É muito difícil dizer que vai ser retomado no mês de junho ou novembro. O impacto que os técnicos da fazenda realizaram foi considerado um incremento de receita de 10% mensal no Estado. Pelo incremento na receita e folha atual, acredita-se que o mais depressa será retomado, mas dizer datas seria uma questão matemática”, finalizou.
A reunião entre a comissão e o Sindicato dos Trabalhadores em Educação acontece na sede da Escola Fazendária, em Jacarecica. Amanhã, está marcada uma assembléia com os professores, às 9h, no Clube Fênix. De acordo com a presidente do sindicato, Girlene Lázaro, os professores vão discutir a situação e avaliar se entram ou não em greve.