Diferença de preço em material escolar pode chegar a 233,3%, diz Procon

O retorno às aulas significa um aumento no orçamento doméstico de grande parte das famílias com filhos, por conta dos gastos com materiais escolares, que podem apresentar diferenças significativas de preços de um estabelecimento para outro.

Pesquisa realizada pela Fundação Procon-SP, no município de São Paulo, mostra que um mesmo produto pode apresentar diferença de até 233,3%. É o caso, por exemplo, do conjunto de canetas hidrográficas com 12 cores, que custa R$ 1,65 na loja da Magno’s da zona norte e chega a R$ 5,50 na Agipel da região oeste da cidade.

Outro produto que apresentou diferença significativa de preço foi o caderno espiral universitário de capa dura. A diferença entre o maior e o menor valor chegou a R$ 5, ou 172,41%. O menor valor, de R$ 2,90, foi apurado na Magno’s (localizada na zona norte da cidade) e o maior na Pontocom da região oeste, de R$ 7,90.

O levantamento foi feito entre os dias 2 e 5 de janeiro, em dez estabelecimentos comercias, distribuídos pelas cinco regiões de São Paulo. Foram pesquisados 185 itens, mas em razão do desabastecimento somente 120 puderam ser comparados.

Do total dos itens comparados, os estabelecimentos Japuíba e Magno’s (região Norte) foram os que apresentaram a maior quantidade de produtos com menor preço, sendo 30 produtos em cada loja.

Quando a questão é abastecimento, o melhor índice foi apurado na Magno’s (região Norte), que oferecia 102 dos 120 itens comparados, sendo que 78 apresentavam preços menores ou igual à media.

O Procon recomenda que o consumidor racionalize a compra de material escolar no início do ano, já que o período começa com dívidas contraídas com as compras de final de ano e com pagamento de impostos.

Além disso, o consumidor deve ficar atendo a irregularidades nos produtos.

Operação de fiscalização realizada pelo Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), nesta segunda-feira (15), revelou que 17,2% dos produtos analisados apresentaram algum tipo de irregularidade.

Dos 47 itens que compõem a lista de material escolar analisada pelo Ipem no Estado, oito foram reprovados em três dos cinco laboratórios do instituto. Caderno escolar e cola foram os dois artigos que apresentaram o pior desempenho.

Na capital paulista, 17 itens foram analisados e cinco apresentaram irregularidades. A maior delas foi constatada na cola branca "Cris", de 90g, da empresa Cesar Di Ciomo. As amostras estavam em média 14,9 gramas abaixo do peso indicado na embalagem.

Fonte: Folha

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