Uma denúncia-crime apresentada, ao Ministério Público do Estado, por ex-deputados estaduais contra a atual Mesa Diretora da Assembléia Legislativa do Estado promete causar ainda mais polêmica entre os parlamentares.
Mais de dez ex-deputados estaduais, representados por Agripino Alexandre, Mendonça Neto e Alcides Muniz Falcão acusam a Mesa Diretora de desvio do duodécimo, que seria destinado ao pagamento dos funcionários da Casa.
De acordo com Agripino, a Mesa Diretora da ALE teria recebido durante todos os meses de 2006, o 13° salário, parcelado pelo governo durante os doze meses. Entretanto, a Mesa Diretora pagou o 13° salário dos funcionários parcelado em duas vezes – 30% em abril e os 70% que deveriam ser pagos em dezembro, mas que não foram repassados para os funcionários com a alegação de que o dinheiro não foi repassado pelo governo.
“Estamos aqui apresentando ao Ministério Público, na pessoa do procurador-geral, Coaracy Fonseca, uma notícia-crime, para que todos saibam que a Mesa Diretora da Assembléia recebeu o 13° dos funcionários da Casa e não repassou. Queremos que seja feita a devida investigação da atual mesa, pela qual respondem o deputado Celso Luiz e o primeiro-secretário Arthur Lira, mas todos os deputados devem participar”, ressaltou Agripino Alexandre.
Serviços médicos
Os funcionários da Casa Tavares Bastos também denunciam que a Assembléia está devendo mais de R$ 200 mil a Copamedh (Cooperativa de Assistência Médico-Hospitalar da Assembléia Legislativa) e que a dívida está interferindo no atendimento dos associados.
“Todo mês a cota da cooperativa é descontada do nosso salário, mas o atendimento está sendo prejudicado por causa da dívida da Assembléia. Agora os associados que precisarem fazer exames, por exemplo, precisam pagar”, desabafa.
Os ex-deputados representam ex-parlamentares alagoanos, que se elegeram nas décadas de 80 e 90, que estão pedindo providências, como o pagamento do 13º salário. Eles afirmam que a verba de gabinete dos parlamentares de Alagoas, é uma das maiores do País, cerca de R$ 40 mil.
“Estamos dispostos a prosseguir com as investigações. Caso a denúncia não dê em nada, levaremos o caso a Polícia Federal e Ministério da Justiça”, finaliza Agripino.