A Companhia de Abastecimento de Água de Alagoas (Casal) detectou, esta semana, uma ligação irregular (gato) na rede de abastecimento d’água de um grande supermercado que está sendo construindo no Stella Maris. A irregularidade levou a empresa a implantar o consumo presumido dos últimos seis meses – 100m³/mês, que é o padrão de consumo de uma construção desse porte – e aplicar multa de R$ 600,00 à construtora responsável.
Além disso, a Casal flagrou 15 “gatos” no loteamento Pouso da Garça II, localizado no Tabuleiro do Martins. Entre os problemas encontrados estão: cúpula furada (colocação de agulha para o medidor não registrar o consumo de água), ligação clandestina, imóvel sem medidor, colocação de hidrômetro em locais escondidos e imóveis com débitos de até R$ 7 mil.
Os imóveis com irregularidades foram notificados e sofreram a adoção de medidas como aplicação de multa, cobrança de peças de reposição dos hidrômetros danificados e aplicação de consumo presumido. Com relação às ligações irregulares, o proprietário do imóvel tem 72 horas para regularizar a situação, a partir do momento do flagrante, sob o risco de suspensão do abastecimento e supressão total do ramal de água.
Todos os imóveis onde forem detectadas ligações irregulares entrarão na lista negra da Casal e serão vistoriados periodicamente. Em caso de reincidência, a Casal acionará a polícia, que providenciará o indiciamento dos responsáveis. A companhia reforçou suas equipes de fiscalização em todo o Estado, principalmente nas áreas atendidas pelas adutoras, seguindo a determinação do governador Teotonio Vilela Filho, que prevê “a imediata interrupção do fornecimento de água irregular a produtores rurais e indústrias que estejam fraudando as redes de abastecimento”.
Somente em Maceió, a empresa atua com 10 equipes, que cobrem do Tabuleiro a Cruz das Almas. Esse trabalho, que conta com o apoio e o acompanhamento direto da diretoria da empresa, proporciona a descoberta de 28 “gatos”, em média, por dia, sendo 20 na capital e oito no interior. Com esses furtos, os prejuízos chegam, aproximadamente, a R$ 700 mil por mês. No Alto Sertão foram indiciadas 20 pessoas, inclusive políticos e fazendeiros, flagradas furtando água das adutoras.