A Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) determinou, no início desta manhã, a não entrada dos transportes coletivos na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).
De acordo com o superintendente Ivã Vilela, a medida foi adotada mediante a solicitação dos donos de empresas de ônibus, após o fato registrado na noite ontem, quando quatro rapazes tentaram atear fogo em um ônibus da empresa Piedade, que faz a linha Ufal/Ipioca. No entanto, os ônibus já estão circulando na universidade desde às 9h.
“Os empresários me procuraram preocupados com ação e para não colocar em risco mais veículos e pessoas determinamos a suspensão do percurso até que a segurança na área seja implantada. Aquele é um espaço federal e precisa ter o mínimo de segurança”, explicou.
O encarregado de Serviços Gerais da Ufal, Manoel Messias, informou que foi surpreendido na manhã de hoje com as medidas adotadas pela SMTT a pedido dos empresários e que já teve uma conversa com os donos das empresas garantindo a segurança no espaço federal. “Conversei com os empresários da Piedade e São Francisco e garanti a segurança. Eles informaram que ainda hoje pela manhã os ônibus voltam a circular no campus”, afirmou.
Messias informou que ainda estão avaliando para saber se um dos rapazes identificados na ação de vandalismo é estudante da Ufal. “Ele deixou no local uma mochila que continha além da identidade, camisas do movimento estudantil da Ufal e do Cesmac. Estamos checando para ver se o documento encontrado é de um estudante da universidade”, ressaltou.
Ação
O incidente aconteceu por volta das 20h de ontem, quando o coletivo estava saindo do terminal da universidade e no primeiro ponto o cobrador e o motorista foram abordados por quatro rapazes encapuzados.
O motorista, José Edílson da Silva Santos, e o cobrador, Sebastião Salvador Isaac, foram obrigados a descer do coletivo porque os rapazes anunciaram que iriam atear fogo no transporte. O fogo não chegou a se alastrar porque um cabo da PM e aluno da Ufal ajudou a apagá-lo.
“Um deles disse: sai motorista; desce todo mundo que isso é gasolina e nós vamos tocar fogo em tudo. No momento haviam três passageiros e nós descemos rápido. Eles jogaram a gasolina, atearam fogo e saíram correndo. A sorte foi que tinham uns carros aqui e usamos os extintores (de incêndio) para apagar. Graças a Deus apagamos”, diz o motorista.
A identidade encontrada na mochila pertence a Lucas Cavalcante Maia, de 20 anos. Um universitário, que não quis se identificar, disse que os elementos fazem parte de um grupo derrotado nas eleições do Diretório Central dos Estudantes (DCE). "Eram estudantes daqui, eu tenho certeza", afirmou.