Servidores do Instituto Médico Legal aderiram à greve e deixaram de recolher os corpos e realizar necropsias. Até o momento, o corpo de uma menina assassinada às 11h, ainda está no conjunto Osman Loureiro.
As informações de testemunhas são de que a menina, conhecida por Ana, reagiu a um assalto e levou um tiro na cabeça. Por conta da greve do IML, o corpo ainda está no local.
A paralisação da categoria – assim como a greve da Polícia Civil, Instituto de Identificação, Instituto de Criminalística e servidores da Educação e Saúde – é decorrência do decreto 3.555, que suspendeu o reajuste salarial concedido aos servidores estaduais no ano passado.
O decreto foi publicado pelo governador Teotônio Vilela Filho em Diário Oficial, na última segunda-feira.
Corpos
De acordo com o coronel Jadson, do Corpo de Bombeiros, uma reunião na Secretaria de Defesa Social decidiu que o Corpo de Bombeiros e a Polícia Militar não recolherão os corpos, em virtude da greve do IML.
“Foi decidido que a secretaria contratará uma funerária para realizar o trabalho. Em dois casos, os Bombeiros foram requisitados, para dar apoio à funerária, mas a instituição não realizará as remoções porque temos outras atribuições”, garantiu o coronel.
Em relação à assembléia da categoria, realizada hoje, em conjunto com os integrantes da Polícia Militar, o coronel disse que a paralisação foi votada, mas rejeitada pela maioria.
“Nós percebemos o empenho dos comandantes e vamos aguardar até segunda-feira, quando o Estado deve apresentar uma contra proposta para a categoria”, finalizou.
A próxima assembléia da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros está marcada para a próxima terça-feira, às 10h, no Clube dos Oficiais da Polícia Militar, no Trapiche.