Policiais civis reivindicam revogação do decreto 3.555

Reunidos no Sindicato dos Urbanitários, os policiais civis reivindicam a revogação do decreto 3.555, que foi publicado no Diário Oficial do Estado há uma semana e decidiram permanecer em greve até a próxima quinta-feira, dia 25, às 15 horas, no auditório do Sindicato dos Urbanitários (a confirmar), quando acontece nova assembléia da categoria.

Os policiais civis, primeiros a votar pela greve, completam uma semana de paralisação amanhã. Para o presidente do Sindicato dos Policiais Civis, José Carlos, mesmo com o pagamento do reajuste, que será feito porque o governador conseguiu a antecipação da folha, o servidor vive um clima de insegurança e deve manter a greve, aguardando a revogação do decreto.

“Caso não seja revogado, o decreto pode tirar o reajuste do servidor nos meses seguintes. Por isso, a condição para que a Polícia Civil volte a trabalhar é a revogação do decreto”, explicou.

Atualmente, as delegacias estão com as atividades paralisadas, e os policiais sem responder às ocorrências, nem flagrante, apenas estão indo ao plantão porque a delegacia não pode ficar sem a autoridade policial.

Eles também alertam para o fato da falta de segurança nos presídios. "A maioria das delegacias está cheia de preso e ainda tem o armamento no local", disse o sindicato.

O local de mobilização dos policiais civis juntamente com os servidores públicos é na Secretaria da Fazenda, que foi ocupada desde o dia 18 de janeiro, como protesto pelo corte nos reajuste dos salários dos servidores públicos estaduais

Decreto

O decreto 3.555 suspendeu os reajustes salariais concedidos aos servidores estaduais a partir de abril do ano passado. De acordo com o governador Teotonio Vilela Filho, a medida foi tomada por causa da crítica situação das contas do Estado.

O governador diz que a dívida é de mais de R$ 400 milhões e a preocupação é maior para que o Estado não ultrapasse o limite de gastos com pessoal, conforme prevê a Lei de Responsabilidade Fiscal. Caso a lei seja desrespeitada, Alagoas poderá ficar sem recursos do Governo Federal e os servidores ainda podem ser demitidos.

Por conta do decreto, além da Polícia Civil, várias categorias entraram em greve, como os servidores da Saúde e da Educação. Outra forma de pressionar o Governo é a ocupação da Secretaria da Fazenda, no Centro de Maceió, que é ocupada desde a quinta-feira por um grupo de servidores.

Mobilização

Amanhã, os servidores da Educação, o procurador-geral de Justiça, Coaracy Fonseca, e o governador têm um encontro marcado para discutir o pagamento da categoria.

Também amanhã, os Policiais Militares e os Bombeiros Militares se reúnem na sede da associação, no bairro do Trapiche. A assembléia vai definir se as categorias vão aderir à greve.

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