Amanhã completa um ano do brutal assassinato do técnico em enfermagem José Maciel da Cruz Silva, de 29 anos, na cidade de Coruripe, a 90 quilômetros da capital.
O assassinato chocou a população local e ganhou repercussão nacional, sobretudo porque José Maciel era considerado uma pessoa querida e respeitada na cidade. Gay assumido, chegou a conquistar o título de Miss Coruripe Gay, em 2004.
Segundo informações do delegado titular de Coruripe, Gilson Rego, o inquérito sobre o assassinato de José Maciel foi enviado à Justiça sem que houvesse indiciados. Diante das falhas do inquérito, o promotor local devolveu o processo ao delegado determinando novas diligências.
De acordo com Rego, o crime segue sendo investigado pela Polícia Civil.
O crime
No dia 26 de janeiro de 2005, José Maciel da Cruz Silva regressou de Maceió – onde fazia um curso de aperfeiçoamento em enfermagem – e passou para cumprimentar os amigos no hospital da cidade, onde trabalhava há seis anos.
Após deixar o hospital, José Maciel teria seguido a pé para a sua residência, alugada há cerca de um mês, onde residia sozinho. De acordo com o inquérito da Polícia Civil, depois de chegar em casa, Maciel teria recebido a visita de dois homens, cuja identidade até hoje não foi descoberta.
Na mesma noite, vizinhos relataram o som alto da TV e do aparelho de som, provavelmente utilizados para encobrir os gritos da vítima. Na época, o delegado titular de Coruripe, Valdecks Pereira da Silva, informou que Maciel teria mantido relações sexuais com o seu carrasco, uma vez que foi encontrado preservativo ao lado do corpo.
Maciel teve os pés e braços amarrados e recebeu um golpe de faca no pescoço, tendo morte instantânea.
Durante o seu sepultamento, a população de Coruripe protestou veementemente contra o assassinato de José Maciel, e exigiu a apuração rigorosa do crime, que até hoje não se concretizou.