A ministra da Defesa do Equador, Guadalupe Larriva, sua filha e cinco oficiais do Exército morreram ontem no choque de dois helicópteros militares, em um acidente considerado anormal pelo governo, que deixará a investigação a cargo de uma comissão internacional.
A tragédia aconteceu às 20h19 locais (23h19 de Brasília) quando as aeronaves – em uma delas viajavam Larriva, 50 anos, e sua filha Claudia Avila, 17 – realizavam um exercício noturno de tiro.
"No acidente faleceram a ministra, sua filha e cinco oficiais da Força Terrestre Equatoriana. Não há sobreviventes", disse o ministro do Interior, Gustavo Larrea, que destacou as circunstâncias anormais do choque.
"Não é normal que dois helicópteros viajem juntos, ainda mais à noite. Por isso existe a necessidade de uma investigação profunda e exaustiva", acrescentou.
O presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que deixará nas mãos de uma comissão estrangeira as investigações sobre o acidente, ocorrido nas proximidades da base de Manta (sudoeste), onde opera o principal posto dos Estados Unidos de combate ao narcotráfico no Pacífico.
"Vamos pedir ajuda a países amigos para que seja uma comissão estrangeira a que investigue o fato, para que não reste dúvida a ninguém sobre o que aconteceu", disse Correa em Manta.
"Oxalá que não aconteçam as elucubrações de sempre. Ordenamos o isolamento do local do acidente", acrescentou o presidente, visivelmente consternado.
Larriva assumiu o ministério no dia 15 de janeiro, sendo a primeira mulher a ocupar a pasta da Defesa no Equador.