O presidente venezuelano, Hugo Chávez, ameaçou expulsar o embaixador dos Estados Unidos se ele continuar se intrometendo nos assuntos da Venezuela. A ameaça foi feita após o diplomata ter declarado que o governo venezuelano deveria indenizar as companhias que planeja nacionalizar.
No início do mês, o presidente esquerdista prometeu uma onda de aquisições, incluindo de companhias americanas na Venezuela. Pouco depois, ao tomar posse para seu terceiro mandato consecutivo, disse que levará à Venezuela o "socialismo do século XXI".
"Se ele continuar interferindo em problemas venezuelanos que não cabem a ele, mostrando desrespeito aos venezuelanos, então ele pode ser considerado persona non grata e teria que deixar o país", disse Chávez.
Na quinta-feira, o embaixador norte-americano William Brownfield foi citado pela mídia venezuelana dizendo que "todo governo no mundo é obrigado a executar nacionalizações de maneira legal e transparente e oferecer compensações justas e imediatas".
Isso pareceu ser uma resposta a Chávez, que disse no domingo que não daria qualquer compensação pela aquisição da principal companhia de telecomunicações da Venezuela até depois de sua nacionalização e mesmo assim não pagaria um preço baseado em estimativas estrangeiras sobre seu valor.
A Verizon, sediada nos EUA, tem uma participação majoritária na companhia venezuelana de telecomunicações Cantv.