Ford registra maior prejuízo de sua história

A Ford Motor Company registrou prejuízo de US$ 12,7 bilhões em 2006 no balanço global, a maior perda nos 103 anos da companhia. O resultado coloca a empresa, ícone da indústria automotiva, frente ao desafio de, este ano, afundar ou continuar nadando, conforme definem analistas internacionais.

O grupo deve perder, nos próximos meses, o posto de número dois na produção de veículos nos EUA para a Toyota e pode cair da terceira para a quarta posição no ranking mundial de fabricantes, perdendo posição até para a DaimlerChrysler, dizem os analistas.

Na contramão, na divisão da América do Sul, onde o Brasil representa mais de 60% das vendas, a Ford teve o maior ganho da história, de US$ 551 milhões. Foi o terceiro ano seguido de resultados positivos na região, que inclui Argentina e Venezuela, que também abrigam fábricas, e demais países que vendem veículos da marca.

Investimentos

A América do Sul foi a região com melhor desempenho do grupo. A Europa teve lucro de US$ 469 milhões. A Ásia/Pacífico perdeu US$ 185 milhões e a América do Norte teve um rombo de US$ 6,1 bilhões. A filial brasileira anunciou no início do mês investimentos de R$ 2,2 bi para o período 2007 a 2011, valor que inclui a compra da montadora cearense de jipes Troller.

Na segunda-feira, a empresa vai apresentar, no Guarujá, litoral paulista, o novo Fiesta, versão reestilizada do modelo que ajudou a marca a crescer no mercado nacional a partir de 2004, quando a filial brasileira interrompeu um ciclo de quatro anos no vermelho.

“Estamos muito satisfeitos com esse resultado. A continuidade de retornos positivos na América do Sul tem nos permitido dar segmento às nossas estratégias de investimentos na região como também à continuidade da amortização dos investimentos realizados na fábrica de Camaçari, na Bahia”, disse o presidente da Ford do Brasil e Mercosul, Marcos de Oliveira.

No relatório apresentado nos EUA, a direção mundial da Ford informa que os resultados na América do Sul tiveram aumento de US$ 152 milhões ante 2005. “A melhoria refletiu principalmente volumes mais altos, parcialmente contrabalançados por um câmbio desfavorável. As vendas do ano todo melhoraram, atingindo US$ 5,7 bilhões em comparação aos US$ 4,4 bilhões em 2005.”

Fonte: G1

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