Após a apuração dos votos do segundo turno, o governista Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi eleito novo presidente da Câmara dos Deputados. O petista derrotou na votação o também governista Aldo Rebelo (PC do B-SP), que buscava a reeleição.
A votação do segundo turno foi encerrada às 20h43, e 510 dos 513 parlamentares votaram na disputa entre os dois governistas pela presidência da Câmara. Chinaglia foi eleito ao receber 261 votos contra 243 de Aldo. Também aconteceram seis votos brancos.
No primeiro escrutínio, 512 dos 513 parlamentares participaram da votação. Chinaglia liderou a apuração com 236 votos (para vencer em primeiro turno, eram necessários 257) contra 175 de Aldo. Gustavo Fruet (PSDB-PR) somou 98. Ainda foram registrados três votos brancos.
A votação do primeiro turno começou por volta das 16h45 e durou cerca de três horas. O processo foi considerado rápido, já que pela primeira vez uma votação secreta da Câmara foi realizada por meio de urna eletrônica.
A Câmara adotou a urna eletrônica para evitar a longa duração neste tipo de sessão. Em 2005, por exemplo, a votação que elegeu Severino Cavalcanti foi feita através de cédulas e durou cerca de 17 horas, incluindo primeiro e segundo turnos.
Apoios
O apoio das duas maiores bancadas da Câmara (PMDB e PT) à candidatura de Chinaglia pesou na vitória do petista. Ele também recebeu apoio das bancadas do PR, PTB e PP. Os cinco partidos, juntos, totalizam 272 deputados federais.
Aldo Rebelo tinha o apoio de quatro legendas: PC do B, PSB, PDT e PFL, que somam 125 parlamentares. Já o oposicionista Gustavo Fruet, que foi eliminado na primeira votação, contava com o apoio do PPS e de seu próprio partido, o PSDB, que juntos têm 81 deputados.