O andamento do processo de mudança da classificação de risco desconhecido da aftosa tem mobilizado os pecuaristas alagoanos. Cerca de dez representantes de instituições agropecuárias estiveram reunidos na sede da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (Faeal), no bairro de Jaraguá, para avaliar os avanços no processo, desde a última reunião, há 15 dias.
De acordo com as exigências feitas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), durante auditoria representativa, no mês de novembro, muitos pontos estruturais e administrativos precisam evoluir na Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal). A partir de um cronograma, o diretor da Agência, Hibernon Cavalcante, apresentou as realizações da Adeal no mês de janeiro.
Segundo Cavalcante, os avanços foram muito significativos. A maior exigência do Mapa é a realização de concurso público para a Adeal, o que já foi autorizado pelo governador Teotonio Vilela. Para Hibernon, até o mês de março, a data do concurso será anunciada. Foram solicitadas vagas, principalmente, para veterinários e técnicos.
Parcerias
Hibernon Cavalcante também destacou as buscas por parcerias. Na manhã dessa segunda-feira, segundo ele, a Adeal esteve com a Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) e ficou acertada uma parceria com os municípios para que seja mais efetiva a fiscalização e a cobrança da Guia de Trânsito Animal (GTA). Cavalcante também recorreu à Agência Reguladora de Serviços Públicos de Alagoas (Arsal) e as entidades formalizaram parceria para uma maior fiscalização.
Também foi anunciado o recebimento da verba do convênio firmado entre o Mapa e a Secretaria Estadual de Agricultura (Seagri), que vai garantir o recebimento de R$ 2 milhões. O dinheiro estará quinta-feira à disposição do Estado para investimentos que fomentem a mudança de status da aftosa. “Com essa verba vamos suprir parte da estrutura exigida e do custeio do processo”, disse Cavalcante.
O deputado federal Francisco Tenório participou da reunião e se comprometeu em intermediar o Estado junto ao governo federal. “Sempre participei das reuniões e vou trabalhar na articulação para envolver o Ministério e o Governo do Estado para que esse processo ande rápido”, disse, acrescentando que “falta agilidade do governo estadual em cumprir o dever de casa” e que é necessário mais fiscalização.
O presidente da Faeal, Álvaro Almeida, achou que os avanços foram grandes e não lamentou a presença de poucos criadores, como em outras reuniões. “O importante é que os presentes tenham vontade e força pra mudar”, ressaltou.
A próxima reunião será no dia 5 de março, às 9h, na Faeal.
