A substituição do ministro Fernando Haddad (Educação) pela ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy (PT) é dada como certa por lideranças do PT. A avaliação é que Haddad tem um perfil técnico e poder ajudar o governo comandando ou não o ministério. O mesmo perfil tem o ministro Nelson Machado (Previdência).
"Os dois ministros são quadros de primeira ordem, excelentes técnicos. O presidente precisa da contribuição deles que pode continuar sendo dada eles, estando ou não à frente dos ministérios", disse o líder do PT na Câmara, deputado Luiz Sérgio (RJ).
Conforme lideranças do PT, Marta tem o perfil para assumir dois ministérios: Educação e Cidades.
O presidente Lula teria confirmado ontem ao PP que o partido irá permanecer na pasta das Cidades, o que indicaria que o destino da ex-prefeita será a Educação. "Ela é uma figura pública, administrou a maior cidade do país, teve a educação como prioridade do seu governo e acho que tem muito a contribuir com o governo num ministério", afirmou Sérgio.
Ao contrário de Haddad, Marta tem um perfil político e sua contribuição para o governo dependerá de um cargo no primeiro escalão. A ex-prefeita também é lembrada para o Ministério da Saúde, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já teria se decidido pelo médico sanitarista José Gomes Temporão. Ele teria o apoio do governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), que esteve hoje reunido com o presidente.
Petistas ligados ao grupo de Marta, entretanto, evitam comemorar a possível indicação da ex-prefeita para a Educação. Para eles, a comemoração antecipada pode inviabilizar o nome de Marta. Além disso, eles insistem em afirmar que a palavra final é do presidente Lula.
A reforma ministerial deve ser anunciada até o final do mês. Após o Carnaval, o presidente irá retomar as conversas com os partidos.
Ontem, Lula se reuniu com o PP e PDT. O PTB também aguarda ser chamado. O líder do partido na Câmara, deputado Jovair Arantes (PTB-GO), disse à Folha Online que interessa ao partido manter o ministério do Turismo e conquistar o comando da Agricultura.
Fonte: Folha On-line