O príncipe Harry, o terceiro na linha sucessória do trono britânico, será enviado para lutar no Iraque. A informação, que já vinha sendo divulgada nos últimos dias pelos jornais ingleses, foi confirmada oficialmente hoje pelo Ministério da Defesa.
Um porta-voz do ministério confirmou que Harry será enviado ao Iraque "dentro das próximos meses" no regimento intitulado "Blues and Royals" (Reais e Azuis) -a cavalaria real, na qual servem os nobres ingleses.
"Os regimentos destacados no Iraque, entre eles o do príncipe Harry, servirão durante um período de seis a sete meses no Iraque, embora alguns possam servir por períodos mais curtos", afirma um comunicado do ministério da Defesa.
O príncipe será o primeiro membro da família real a ir ao front de batalha desde 1982, quando o Duque de York, seu tio, lutou na guerra das Malvinas, que opôs a Inglaterra e a Argentina sobre a disputa de uma ilha no Oceano Atlântico.
A confirmação de que Harry vai lutar no Iraque ocorre um dia depois de o premiê britânico, Tony Blair, ter anunciado publicamente que começará a reduzir as tropas no sul do Iraque.
Nessa primeira fase, serão repatriados 1.600 soldados. As tropas serão reduzidas dos atuais 7.100 soldados para 5.500 nos próximos meses.
"A presença militar do exército britânico continuará (no Iraque) até 2008, enquanto for necessária e tivermos um trabalho a fazer", disse Blair. Cllique aqui para ler mais sobre a redução das tropas britânicas no Iraque.
Antes de se formar em 12 de abril de 2006 como oficial na Real Academia Militar de Sandhurst (sudoeste de Londres), Harry deixou claro que queria servir em uma zona de guerra.
"Não fui a Sandhurst para depois ficar sentado em casa, enquanto meus colegas lutam por seu país", disse o príncipe no ano passado.
O jovem príncipe -que já fez a festa dos tablóides sensacionalistas com suas fotos saindo de boates, beijando namoradas ou fantasiado de oficial nazista- participou em janeiro do OPTAG (Operational Training And Advisory Group), um treinamento destinado apenas aos militares que servirão no Iraque. Foi a partir de então que a mídia inglesa começou a especular sobre sua possível participação na guerra do Iraque.