A cúpula de Segurança Pública enfrenta uma rebelião na Casa de Custódia, mais conhecida como cadeião. A movimentação começou por volta das 15h, quando os detentos de um módulo inteiro – mais de cem reeducandos – reivindicaram a liberação da visita íntima e melhorias na alimentação.
Para que as reivindicações fossem atendidas, os reeducandos fizeram dois agentes penitenciários de reféns. "Um deles foi liberado há meia hora e passa bem. Todas as negociações foram feitas com conversas e não houve violência", salientou coronel Bulgarin, da Superintendência de Ressocialização.
O refém liberado, o agente Luis Henrique, disse que estava indo levar alguns presos para a enfermaria, quando os portões e abriram. "De repente as celas se abriram, não sei o que aconteceu", disse o agente.
O outro agente que ainda continua como refém é o cabo Alexandre Feitosa.
Neste momento, é grande a movimentação no local. De acordo com o coronel Bulgarin, cerca de 15 integrantes do Grupo de Agentes Penitenciários e equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais, o Bope, estão do lado de fora do cadeião, para evitar fugas e conter a rebelião.
Durante a correria, um dos agentes se feriu levemente. Em relação aos módulos, segundo a avaliação dos coronel Bulgarin, não houve muitos danos.
Do lado de fora do prédio também estão famílias de presos e de agentes penitenciários, preocupadas com a situação.
Reivindicações
O pedido de liberação das visitas íntimas foi feito pela metade dos reeducandos do cadeião – mais de cem reeducandos, que iniciaram a rebelião. De acordo com o coronel Bulgarin, o pedido será atendido.
As outras reivindicações são a melhoria da alimentação e o fim de maus tratos, como espancamentos. Para o diretor do cadeião, o coronel Agamenon, a solução para os problemas é a inauguração do prédio, que ainda está construído.
"Salas de visita e outras partes ainda estão em construção, prejudicando o funcionamento do cadeião", finalizou.
Atualizado às 17h20