Um policial militar registrou boletim de ocorrência no 1º Distrito Policial de Mauá após ser mordido por uma cadela que vivia no local. No documento, consta queixa por “omissão de cautela na guarda de animais”. O caso, porém, não será levado adiante porque a guarda era da própria delegacia.
Segundo José Rosa, o delegado titular, o policial sofreu apenas um arranhão. Ele diz que a cadela Takeda é dócil e mansa e o boletim só foi registrado porque um policial civil da delegacia não gosta dos cães criados no local. “O PM mordido falou que nem queria registrar. Foi uma maldade que fizeram com a cachorrinha.”
Rosa conta que a cadela Takeda costumava dormir na carceragem, nos fundos da delegacia. Durante a madrugada, um usuário de entorpecente ficou detido no local provisoriamente e o policial, desavisado, foi procurá-lo para pegar informações complementares. A cadela teria avançado por se sentir ameaçada.
Para evitar novas confusões, o delegado decidiu doar os quatro cachorros que vivem no distrito. Takeda e a vira-lata Barra Dois já foram para a casa de parentes de um dos investigadores. Os outros dois, a doberman fêmea Lau e o vira-lata Jurandir, ainda estão no local. Eles têm cerca de dois anos e, segundo o delegado, também são mansos e dóceis.
O nome de Jurandir veio de uma brincadeira com um dos investigadores. O policial tinha acabado de machucar a perna em um acidente na mesma época em que o cachorro chegou à delegacia, com uma pata machucada. Como os dois andavam mancando, o cão acabou batizado com o nome do investigador.