Cerca de 1.500 mulheres do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), que chegaram em Maceió esta manhã, se uniram ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteal) para as atividades da Semana da Mulher.
A caminhada começou no Club Fênix Alagoana, onde estava sendo realizada uma assembléia e seguiu até o Palácio República dos Palmares, onde realizaram o enterro simbólico do governador Teotonio Vilela Filho. Ao invés de orações, os manifestantes gritavam palavras de ordem, enquanto carregavam o caixão.
Na porta do Palácio, após o sepultamento simbólico, os manifestantes retiraram um boneco do caixão, penduraram no portão e o queimaram, enquanto reclamavam seus direitos.
A vice-presidente da Central única dos Trabalhadores (CUT), Lenilda Lima, aproveitou para criticar a decisão da Justiça e reafirmar a força do movimento. "Os professores não querem esmolas e ao contrário do que muitos estão pensando, não vamos nos calar. Pelo contrário, estamos nos unindo a outros movimentos importantes, como o das mulheres do Campo", disse Lenilda.
A semana da Mulher reunirá militantes da Marcha Mundial das Mulheres, trabalhadoras rurais e urbanas que juntas realizarão atividades de protestos, reivindicações e atos. O clima este ano é de indignação e de muita luta, pois o governador Teotonio Vilela (PSDB) vem ameaçando o direito de greve das servidoras públicas da Educação e se recusa a pagar por completo os 80% da isonomia salarial, direito conquistado pela categoria no governo anterior.
Para abrir a semana será realizado um Ato da Marcha Mundial das Mulheres em defesa da Educação e pelo Direito de Greve, pelas principais ruas do centro da capital, finalizando com uma oficina de batucadas.
Um novo protesto está marcado para o próximo dia 08, Dia Internacional da Mulher, a partir das 14h, com a concentração na rua do Livramento. Neste momento o movimento está acampado na praça dos Martírios, no Centro.
