A Superintendência de Administração Penitenciária entrega amanhã (13) os certificados de conclusão do programa Reeducando a Arte do Sistema Penitenciário de Alagoas. Ao todo serão 140 reeducandos, das unidades prisionais de Maceió e Arapiraca, que estão se profissionalizando como artesãos, atividade que poderão desenvolver ao sais do presídio.
O curso, que teve duração de dois anos, proporcionou aos reeducandos aprendizagem na produção de peças artesanais. De acordo com a gerente de artesanato, Vera Alice Bernardi, durante o curso os reeducandos têm a oportunidade de aprender trabalhos em 15 áreas artesanais.
“O nosso objetivo é fazer com que o reeducando aprenda o maior número de atividades. Mas isso depende da desenvoltura de cada um. Os que têm mais habilidade com os trabalhos manuais chegam a aprender todas as áreas”, explica Vera.
A oficina produtiva desenvolve trabalhos em madeira, parafina, flores artesanais, pintura em tecido, palitos estilizados, tenerife, ráfia, entre outros. Cada reeducando que participa do curso recebe como benefício uma ajuda de custo no valor de R$ 50 por mês e a remissão da pena – onde a cada três dias de trabalho é reduzido um da pena.
“Além dos benefícios como a redução da pena e a ajuda de custo, o trabalho faz parte do processo de ressocialização de presos. Ao sair do presídio o reeducando possui uma profissão onde pode continuar a atividade e ter sua própria renda. A nossa pretensão é estender a atividade a todos os reeducandos”, explicou o superintendente de Administração Penitenciária, tenente-coronel Luiz Bugarin.
A partir da próxima semana, o Programa de Artesanato estará implantando mais duas novas modalidades de oficinas para as reeducandas do Presídio Feminino Santa Luzia. “Estaremos ministrando aulas de fuxico e bordado para as reeducandas. A meta é atingir 100% da população carcerária feminina. Atualmente, elas [detentas] trabalham com ráfia, caixas de embalagem e bijuterias”, ressaltou Vera.
Durante a solenidade de entrega dos certificados, que acontece às 10h30 no Pavilhão do Artesanato – localizado no Sistema Penitenciário, no Tabuleiro do Martins – serão expostos os artigos confeccionados pelos reeducandos.
