O plenário da Câmara de Maceió, como era esperado diante dos últimos acontecimentos em Alagoas, foi tomado por vereadores que dirigiram duras críticas ao governador Teotonio Vilela Filho, pelo caos em na segurança. Thomaz Beltrão, Sanguinetti, Marcos Alves e João Mendes não só lamentaram a situação de insegurança do Estado, como acusaram o governador de conivente.
Com um discurso inflamado, o vereador George Sanguinetti afirmou que o governador só age quando lhe é conveniente. “O governador disse que em dois meses não dava para mudar o quadro da segurança do Estado. Mas, em pouco mais de um mês, ele acabou com o sonho de centenas de servidores públicos alagoanos, com o corte dos salários. Ele só faz alguma coisa quando é conveniente”, disse Sanguinetti.
Em seguida o vereador Thomaz Beltrão explorou o drama dos cidadãos alagoanos, que vivem como refém dos bandidos. Já Marcos Alves foi mais longe e chegou a dizer que a Segurança de Alagoas teria que começar a combater o crime dentro da própria Polícia para conseguir bons resultados.
“Estava cobrando do governo que a Secretaria de Defesa Social expulse os bandidos infiltrados. Porque é mais que evidente a presença destes na Polícia. Em cada grande crime de Alagoas existem policiais envolvidos. Não temos que esperar mais. As tropas tem que ocupar as ruas imediatamente, até que a ajuda chegue. Por que hoje não se mata só o Zé Ninguém, o crime chegou na porta dos ricos, por isso o poder procura se mobilizar mais”, ressaltou Alves.
Os discursos terminaram com a fala do vereador João Mendes. Ele falou da violência e citou a falta de participação dos Direitos Humanos na defesa do cidadão. “Segurança sempre foi um lixo colocado em baixo do tapete. Só agora o poder público resolveu tomar providências. Nessas horas nos perguntamos, aonde estão os Direitos Humanos? Eles só aparecem para defender os bandidos nos presídios, mas não aparecem para se pronunciar em favor da sociedade, nesses casos de violência. É bom lembrar que bandido também se combate com bala, assim a polícia sinta necessidade”, completou João Mendes.
