Juiz seqüestrado já está com a família

O juiz Paulo Zacarias, presidente da Associação Alagoana de Magistrados (Almagis), foi liberado nesta madrugada, pelos bandidos, e já está com a família. Ele foi seqüestrado por volta das 20h3o do último domingo, quando saía da Igreja Batista do Pinheiro, em Maceió.

O juiz foi deixado pelos bandidos na cidade de Satuba, onde pegou uma van, do transporte complementar até Maceió. O juiz telefonou para familiares e já está em casa, com a família.

O magistrado já foi ouvido pelo delegado Laurentino Veiga, do Tático Integrado de Resgates Especiais (Tigre). Neste momento ele está com a família e um grande efetivo policial segue em diligência para capturar os bandidos.

Ainda na madrugada do domingo a polícia localizou, em Coqueiro Seco, município da grande Maceió, o Corolla preto de placa MVJ 0646-AL, de propriedade do juiz, totalmente carbonizado.

Por recomendação a família havia pedido à cúpula da segurança pública do Estado que se afastasse do caso. Não há confirmação se foi pago resgate, mas a vice-presidente da Almagis, a juíza Nelma Padilha, disse hoje que a família pagou R$ 10 mil. "Eles pediram mais, mas se contentaram com R$ 10 mil", afirmou.

O seqüestro

Paulo Zacarias foi seqüestrado por volta das 20h30 do domingo, quando saía da Igreja Batista do Pinheiro e entrava no seu veículo. Segundo testemunhas, ele foi abordado por três elementos armados, que o colocaram no banco traseiro do Corolla e deixaram o local em alta velocidade. No momento a ação a esposa do magistrado ainda estava nas dependências da igreja.

Após a ação dos bandidos a cúpula da Secretaria de Defesa Social foi comunicada e toda estrutura policial da capital foi mobilizada em diligências. Após horas de busca os policiais chegaram até o veículo, que havia sido queimado pelos bandidos mas, até agora, não se tem notícia do magistrado. O Corolla está no pátio da Delegacia de Roubos e Furtos de Veículos

Ameaças

No dia 3 de março Paulo Zacarias encaminhou ofício ao presidente do Tribunal de Justiça (TJ-AL), desembargador José Fernandes de Hollanda Ferreira, solicitando a intervenção do órgão junto ao governo do Estado para garantir a segurança dos juízes ameaçados de morte.

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