Disposto a desempenhar um papel incisivo nas próximas eleições municipais, o PPS de Alagoas deu início a uma série de mudanças em seus principais diretórios, a começar pelo de Maceió, que agora será encabeçado pelo jornalista Anivaldo Miranda. O economista Juca Carvalho, que dirigiu o PPS de Maceió por dois períodos consecutivos, foi remanejado para a Secretaria Geral do partido, na capital.
Segundo Anivaldo, as mudanças na direção municipal já estavam previstas e têm como principal objetivo “recompor a militância partidária em torno das temáticas que interessam ao povo de Maceió e preparar o caminho para que o PPS dispute com chapa própria a Prefeitura e algumas cadeiras na Câmara de Vereadores.”
“Já temos um número razoável de pré-candidatos, mas o nosso objetivo é completar todas as vagas disponíveis, inclusive a cota de candidatas mulheres as quais, desde já, estão convidadas a nos acompanharem na luta pela construção de uma chapa competitiva, sem a presença dos “tubarões” que já detêm mandatos e com candidatos que respeitem nosso código de ética e sejam representativos dos setores organizados da população.”
Anivaldo considera o momento mais do que oportuno para dar um novo impulso ao PPS “porque a Câmara de Vereadores está completamente anulada pelo atual Prefeito, que praticamente cooptou o que restava da oposição deixando a população sem qualquer possibilidade de receber informações críticas e debater os problemas estruturais de Maceió.”
Problemas estruturais
O novo presidente municipal do PPS considera que “Maceió precisa de uma força política que tenha coragem de abordar os problemas estruturais da cidade com uma visão estratégica e não com o estreito olhar do fisiologismo que tem se mostrado incapaz de preparar a cidade para os grandes desafios do futuro”
Neste sentido, Anivaldo anunciou que a partir do mês do abril o Diretório Municipal promoverá uma série de debates públicos cujo objetivo é “unificar o discurso dos nossos pré-candidatos, estimular o surgimento de novas candidaturas a partir de lideranças que queiram contribuir com a renovação dos quadros políticos e atrair todas as pessoas queiram fazer do PPS um instrumento para veicular suas denúncias e brigar por bandeiras e reivindicações que interessam a toda população.”
“Vamos fazer aquilo que a Câmara de Vereadores não está fazendo”, complementou Anivaldo, citando o exemplo do Plano Diretor de Maceió e do Código de Edificações que foram aprovados “sem a participação da população, apenas para atender aos reclamos da especulação imobiliária, o que resultará em deseconomias ambientais que, logo, logo, custarão muito caro a todos os contribuintes.”