"O Artesanato realiza grande revolução econômica", diz superintendente

AssessoriaDia do artesão é comemora na próxima segunda

Dia do artesão é comemora na próxima segunda

Considerada por muitos como um dom, a arte manual representa uma importante atividade econômica para muitas famílias. Da renda mais conhecida, como o filé, a mais rara, como a renascença, o estado de Alagoas possui um dos mais ricos artesanatos do país. Dentro do calendário, há um dia reservado para homenagear e reconhecer quem vive desta atividade em todo o território brasileiro.

Nesta segunda-feira (19) é comemorado o Dia do Artesão. Acredita-se que não há cidade ou local que não possua alguém desenvolvendo algum tipo de atividade artesanal. No cadastro do Programa Estadual do Artesão Empreendedor (Prearte), da Secretaria do Desenvolvimento Econômico
(Sedec), estão catalogados cerca de sete mil artesãos, espalhados por todo o
estado, com grande diversidade de produtos e matéria-prima.

A equipe do Prearte realiza o cadastramento dos artesãos por todo o estado.
Segundo a superintendente do Desenvolvimento Regional e Setorial da Sedec,
Íris Araújo, o trabalho é complexo e as técnicas necessitam, muitas vezes,
atingir locais de difícil acesso.

Na quarta-feira (14) passada, o Prearte visitou o município de Coruripe e o
povoado de Mangabeiras. Foram realizados 155 cadastros e recadastros. O
formulário preenchido pelo artesão garante a emissão da carteira deste
profissional, que alcança alguns benefícios. Entre as garantias, o artesão
pode comercializar os seus produtos com isenção do ICMS, comprovação para
aposentadoria, e participação em exposição e feiras do segmento. Após dois
anos, o artesão precisa adquirir outra carteira. Os artesãos também podem
solicitar a carteira na própria secretaria que recebe por semana em média 20
artesãos.

Das atividades, o artesanato realiza uma importante revolução econômica em
todo o território alagoano, afirma Íris Araújo, pois há necessidade de
possuir habilidade, sem requerer graduação técnica ou superior. Ela destaca
também o potencial turístico do estado como uma grande oportunidade para o
crescimento da atividade, a valorização e o aumento de renda. “Onde tem
turismo você consegue alavancar o artesanato”, afirma.

Numa avaliação superficial, pode-se considerar a atividade com grande
vínculo feminino. Porém, na direção da igualdade de gêneros, os homens
também se dedicam e se destacam na produção artesanal.

É o caso do mestre João Carlos da Silva, mais conhecido como João das
Alagoas, do município de Capela. No comando de um grupo de dez pessoas,
entre homens e mulheres, ele compartilha as principais técnicas de modelagem
do barro. Reconhecido fora do estado de Alagoas, o artista foi premiado no
ano passado durante a Fennearte, feira internacional realizada em Pernambuco. João das Alagoas prioriza trabalhar os temas regionais,
mostrando o homem do campo, o sertanejo. “Comecei fazendo umas peças mal
acabadas. Hoje, posso dizer que está bem melhor”.

Fonte: Assessoria

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