Servidores da PRT realizam nova assembléia na próxima quinta

Os servidores da Procuradoria Regional do Trabalho deflagraram hoje paralisação de 24 horas, contra o aumento da jornada de trabalho, que foi determinado pela portaria 707/206 da Procuradoria Geral da República.

Os servidores se concentraram, durante o dia, em frente ao prédio da PRT, que está em reformas, para protestar contra o decreto que aumenta a jornada de 7 para 8 horas diárias.

A manifestação teve início com o café da manhã. Além de faixas de protesto, o Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário Federal e do MPU (Sindjus/AL) fez uma máquina de ponto com o desenho de um monstro para manifestar o repúdio da categoria contra a determinação.

A preocupação da coordenação do Sindjus/AL é que a portaria surge em um momento de investidas contra os direitos dos trabalhadores, como é o Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), o qual congela o salário mínimo em 10 anos, e o interesse do governo federal sobre a regulamentação do direito de greve com o intuito de reduzir conquistas, além das reformas previdenciária e trabalhista/sindical que estão em pauta.

A manifestação contou com o apoio de dirigentes sindicais do Simesc, do Sindpol, da Intersindical e de estudantes da União Juventude Comunista. O vice-presidente do Sindpol, Josimar Melo, destacou que a unidade dos trabalhadores é importante para vencer a luta contra o PAC, a Lei de Responsabilidade Fiscal, entre outras. “Vocês não têm que abrir mão dessa conquista. Contra o ataque, vem o enfrentamento”, disse.

Diógenes Paes, dirigente da Intersindical e integrante do PCdoB, ressaltou que os trabalhadores têm que desmascarar os atos do governo federal contra os trabalhadores. “A luta dos servidores federais não diferenciava a luta dos servidores estaduais”.

O presidente do Simesc, Aldo Sobreira, disse que não se pode aceitar essa determinação da Procuradoria Geral da República que retira conquista dos servidores.

O coordenador de Relações Sindicais do Sindjus/AL, José Moraes, agradeceu a presença dos sindicatos e destacou que a categoria tem consciência do trabalho desempenhado, e que os servidores não ficarão omissos diante disso. “A nossa luta é um exemplo para a sociedade que também reivindica jornada de trabalho reduzida”.

As principais denúncias dos servidores durante a paralisação foram: Ministério Público do Trabalho, ao invés de zelar por melhores condições no ambiente de trabalho, está sendo contrário às suas atribuições com o aumento da jornada de trabalho, a qual irá trazer maior desgaste físico e mental aos servidores.

O MPF que está gastando em torno de R$ 800 mil para criação do ponto eletrônico, cujo controle ficará a cargo de Brasília, não mais nas Procuradorias Regionais. A retirada da conquista que atinge os servidores estudantes, os quais terão que compensar o horário das 7 às 20 horas. Um outro problema que o Sindjus/AL denunciou é a terceirização na PRT. Dos 49 trabalhadores do órgão, 24 são servidores do quadro e 25 são trabalhadores sem vínculo direto.

Ao final da manifestação, os servidores se reuniram e decidiram realizar uma assembléia de avaliação na próxima quinta-feira, dia 22, às 15 horas, na Procuradoria Regional do Trabalho para decidir sobre o movimento grevista. Até a data de realização da assembléia, os servidores irão trabalhar de preto.

Fonte: Assessoria

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