Caso Paulo Bandeira: juiz faz acareação entre envolvidos

Quase quatro anos após o brutal assassinato do professor Paulo da Costa Bandeira, o juiz Alfredo Mesquita, atual titular da Comarca de Satuba, realiza daqui a pouco a acareação entre os envolvidos no crime no Fórum do Município.

Foram convocados para ficar frente a frente a ex-diretora da Escola Municipal Josefa da Silva, Nanci Lopes Pimentel, a doméstica Maria José dos Santos, o ex-chefe de gabinete do então prefeito Adalberon de Moraes, Marcelo José dos Santos, os dois militares acusados de serem os autores materiais (Ananias Oliveira Lima e Geraldo Augusto Santos da Silva), além do próprio Adalberon de Moraes – que está foragido da justiça.

O processo que investiga o assassinato de Paulo Bandeira corre lentamente e, nesta fase, o juiz está ouvindo as testemunhas da pormotoria.

O professor Paulo da Costa Bandeira foi morto carbonizado em seu carro em junho de 2003, no município de Satuba. Ele foi morto depois de ter denunciado irregularidades na aplicação dos recursos do Fundo de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e Valorização do Magistério (Fundef).

O caso tem como principal acusado Adalberon de Moraes, que na época das denúncias era prefeito do município de Satuba, distante 20 quilômetros de Maceió. Adalberon responde por outros processos criminais, entre eles o envolvimento no assassinato do assessor parlamentar Jeams Alves dos Santos e da feirante Gizele Suplime dos Santos, além de ser apontado como autor intelectual da morte do amante de sua ex-esposa Fátima Pedrosa, Carlos André Fernandes Santos.

O ex-prefeito chegou a passar um período preso no Presídio Cyridião Durval e, atualmente, está foragido desde quando teve seu pedido de habeas corpus concedido pela Justiça de Alagoas.

Acusados

Dos envolvidos no caso Paulo Bandeira, a doméstica Maria José dos Santos é acusada de indicar a localização do professor Paulo Bandeira para os seus assassinos. O envolvimento dela foi descoberto após a quebra do sigilo telefônico da sua residência.

Nanci Pimentel, ex–diretora da Escola Municipal Josefa da Silva, é acusada de fornecer o horário de trabalho da vítima para o chefe de gabinete do prefeito Adalberon de Moraes, Marcelo José dos Santos, indiciado como um dos autores da morte de Paulo Bandeira.

Os Policiais Militares, Ananias Oliveira Lima e Geraldo Augusto Santos da Silva, são acusados de terem amarrado e queimado Paulo Bandeira vivo em seu carro nas terras da Fazenda Primavera, em Satuba.

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