A ‘guerra de bastidores’ já começou e dois grupos já se articulam para polarizar as intenções de voto do eleitorado da capital rumo as eleições municipais de 2008. De um lado o grupo capitaneado pelo prefeito Cícero Almeida (sem partido), que deve reunir o PTB do empresário João Lyra e do senador Fernando Collor, além do PP do deputado federal Benedito de Lira. Do outro, o PMDB, liderado pelo presidente do Senado, Renan Calheiros e o PSDB, do governador Teotonio Vilela Filho.
Por enquanto as arrumações estão na fase inicial, mas as especulações dos prováveis adversários de Cícero Almeida estão em alta. O prefeito já tem um time forte, com João Lyra e Benedito de Lira, e ainda pode ganhar o reforço de adversários históricos, a exemplo do ex-governador Ronaldo Lessa (PDT) e do senador Fernando Collor.
Só que a eleição, que parecia uma barbada para Almeida, caminha para uma disputa acirrada. Isso porque Renan Calheiros iniciou cedo a migração, para o PMDB, de políticos no exercício do mandato. O deputado federal Olavo Calheiros destaca o crescimento do partido no Estado, que hoje tem quatro representantes na Câmara Federal e dois na Câmara de Maceió. “O objetivo é disputar a eleição majoritária. Estamos reunindo bons nomes da política alagoana e devemos ter um candidato encabeçando a chapa de prefeito. A entrada do Cristiano Matheus foi o primeiro passo deste projeto e, em breve, outros nomes entrarão nos quadros do PMDB”, diz Olavo.
Nomes
Quanto aos nomes que devem ser apreciados pelo partido o mais cotado é Cristiano Matheus que, por enquanto, não confirma a possibilidade, mas já deixou claro que é fiel ao partido, assim como foi no PFL. “Eu fui fiel ao ex-deputado Thomaz Nonô quando estava no PFL. Minha ida para o PMDB foi para ter mais condições de ajudar Alagoas, pois o partido tem vários ministérios e o senador Renan Calheiros tem trânsito livre com o presidente Lula. Quero cumprir meu mandato na Câmara, mas sou um homem de partido”, destaca Cristiano.
Esta semana uma fonte do PMDB adiantou o próximo alvo do partido: a família Hollanda, que tem dois vereadores na Câmara de Maceió – Dudu e Chico -, além do deputado estadual Antônio Hollanda Júnior. Deles, Chico Hollanda é o mais próximo do prefeito. Já os outros, com o aval do pai, o ex-deputado Antônio Hollanda, estão abertos a novos projetos políticos.
A mesma fonte garante que há grande possibilidade de a chapa ser puro-sangue, com Cristiano e Dudu. O Alagoas24horas procurou o vereador Dudu Hollanda que, assim como seu pai, prefere não falar sobre a ida para o PMDB. “A política é muito dinâmica. Nossa família exerce mandato há mais de 20 anos, com grande serviço prestado à população da capital. Por isso o pensamento é de continuar ajudando a comunidade de Maceió e de Alagoas. Ainda é cedo para traçar um quadro para 2008, mas tudo pode acontecer”, afirmou o vereador, sem negar a possibilidade de ida para o PMDB.
Outro grupo
Como o assunto é eleição municipal em Maceió, a família Hollanda deve marchar junta com dois deputados estaduais: Marcos Barbosa (PPS) e Cícero Amélio (PMN), que têm bases eleitorais sólidas na capital. Como os dois parlamentares também estão na mira do PMDB, a indicação de Dudu, para vice de Cristiano, está na mesa de negociações.
As cartas estão na mesa.