Um terremoto de 5,3 graus na escala Richter atingiu neste domingo a província de Ishikawa, no centro do Japão, uma das áreas afetadas pelo forte tremor registrado no domingo, que deixou um morto e 189 feridos.
O novo tremor ocorreu às 7h16 (19h16 de domingo em Brasília), com uma magnitude de quatro graus na escala japonesa fechada de sete graus, dois a menos que o ocorrido ontem, informou a agência Kyodo.
O Serviço Meteorológico do Japão não emitiu alerta de tsunami associado ao último terremoto.
Este terremoto faz parte das mais de 130 réplicas que seguiram ao primeiro terremoto ocorrido na manhã de ontem, de 6,9 graus na escala Richter, e que foi sentido na ilha de Honsu, especialmente na região de Hokoriku (centro), que abrange as províncias de Ishikawa, Toyama e Niigata.
A agência meteorológica japonesa anunciou que manterá o alerta de terremoto na região durante uma semana, pois prevê mais réplicas.
Segundo a Agência de Gestão de Desastres, o primeiro tremor, o mais forte de que se têm informações na região desde que o governo japonês começou a medir estes fenômenos, em 1926, deixou um morto e 189 feridos nas três províncias atingidas, além de mais de 500 casas.
Cerca de 2,5 mil pessoas foram evacuadas de suas casas na província de Ishikawa.
O epicentro do terremoto se localizou a 11 km de profundidade, no mar do Japão, a 30 km da península de Noto, na província de Ishikawa, e 300 km ao norte de Tóquio. O tremor gerou um alerta de tsunami, mas sem conseqüências.
Em Ishikawa, alguns edifícios caíram e houve deslizamentos de terra, blecautes, interrupção no fornecimento de água, paralisação do transporte ferroviário e fechamento do aeroporto de Noto devido às fendas que surgiram na pista.
A cidade de Wajima foi a mais afetada pelos tremores de domingo. Pelo menos 44 edifícios desabaram, mais de 200 sofreram danos, mil pessoas tiveram que ser evacuadas e uma mulher morreu.
A exigente norma para a construção obrigatória no Japão, devido ao elevado risco sísmico, evitou que os danos fossem maiores.
O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, ordenou a formação de um comitê de emergência para avaliar os danos, enquanto equipes de bombeiros, Polícia e Forças de Autodefesa (Exército) eram deslocadas para ajudar na área atingida.