Caso o Ministério da Integração Nacional não volte atrás da decisão, anunciada semana passada, de suspender a “Operação Pipa”, a partir desta segunda-feira 26, em 33 cidades do Agreste e Sertão de Alagoas, os sertanejos voltarão a consumir água sem nenhum tratamento adequado. A notícia pegou de surpresa diversos setores do Estado, que reagiram de diversas formas como: AMA (Associação dos Municípios Alagoanos), Defesa Civil e Assembléia Legislativa.
Prefeitos das cidades assistidas com a operação poderão enfrentar graves problemas, principalmente no que se refere à saúde da população. Os riscos de contaminação para quem utiliza água sem tratamento dos rios, açudes e barreiros são iminentes e podem atingir adultos e crianças.
A possibilidade de suspensão na distribuição de água nos municípios que tiveram situação de emergência reconhecida pelos governos estadual e federal causou indignação e provocou críticas na Assembléia Legislativa, a exemplo do deputado estadual Edival Gaia Filho (PSDB) contrário à decisão.
“É nosso dever (Assembléia Legislativa) defender as famílias beneficiadas com esta água. Estamos falando de 100 mil alagoanos beneficiados pelo programa, inclusive Palmeira dos Índios. Acredito que podemos reverter esta situação porque a água dos barreiros e açudes é imprópria para o consumo humano, serve apenas para bicho beber”, observou Gaia Filho, defendendo a continuidade da operação.
O parlamentar assegurou que esteve pessoalmente visitando alguns municípios assistidos pelos carros-pipa, quando percebeu a preocupação dos gestores em relação ao possível corte no abastecimento.
“Tive a oportunidade de conversar com vários prefeitos do Sertão eles não esconderam sua preocupação diante do problema, estou neste instante me solidarizando com eles no sentido de encontrarmos uma solução junto a Defesa Civil, Governo do Estado, AMA e Assembléia Legislativa”, sugeriu o deputado prometendo engrossar uma frente de resistência.