Professores conseguem isonomia e greve chega ao fim

Sionelly Leite/Alagoas24horasProfessores garantem isonomia e greve chega ao fim

Professores garantem isonomia e greve chega ao fim

Após cerca de 70 dias com suas atividades paralisadas, os servidores ligados ao Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Alagoas (Sinteal) deliberaram agora há pouco, no Clube Fênix Alagoano, pelo término da greve.

Em clima de emoção, professores e diretores do sindicato se abraçaram e gritaram palavras de ordem.

A presidente do Sinteal, Girlene Lázaro, destacou a unidade e a resistência da categoria, que na sua avaliação saiu vitoriosa e “mostrou ao governo que a luta dos trabalhadores é mais forte”.

De acordo com a proposta aceita pelos professores, o governo deverá pagar 40% da isonomia nos meses de março e abril, retroativos a fevereiro, em folhas suplementares. Os outros 40% serão pagos em outubro deste ano (10%) e em fevereiro (10%), março (10%) e abril (10%) de 2008, perfazendo os 100% da isonomia da categoria. 20% da isonomia já havia sido garantido desde dezembro do ano passado.

Além disso, o governo dos Estado, ainda teria se comprometido em suspender as multas, os processos administrativos dos professores e o corte de ponto, que estariam sendo aplicados desde que a greve foi considerada ilegal.

Também ficou acoradada a instalação de uma Mesa Permanente de Negociação para tratar dos seguintes pontos de pauta: 1°) Enquadramento dos servidores de apoio e administrativo; 2°) Discussão da isonomia proporcional aos professores de Licenciatura Curta; 3°) Discussão de aumento salarial para os professores de nível médio; 4°) Acompanhamento mensal dos recursos vinculados à educação; 5°) “Resíduo” do Fundef (calculado em R$ 22,5 milhões) para exclusiva folha de pagamento dos professores de ensino fundamental; 6°) Ao fim do parcelamento da isonomia, abrir discussão quanto ao pagamento das diferenças da isonomia no período compreendido entre dezembro de 2006 a março de 2008, e 7°) Constituição de uma Mesa Geral para discutir a questão previdenciária estadual.

Lázaro destacou, no entanto, que além do sentimento de vitória, a categoria deixou claro o seu compromisso com a Educação no Estado quando realizou a matrícula dos estudantes, exigiu a isenção da multa junto à Transpal, além do levantamento do número de alunos que estão fora da sala de aula.

“Esta luta serviu, sobretudo, para abrirmos uma mesa de negociação permanente, que discuta temas relacionados à educação como nível médio, licenciatura adulta, além da questão previdenciária”, avaliou Girlene.

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