Primeiro passo para uma gestão eficaz

Temos falado e escrito repetidas vezes sobre o grande diferencial de qualquer gestor público ou privado nos dias atuais. Já dissemos em outros artigos que ser eficiente é um dever, uma obrigação de qualquer profissional. Logo, não tem porque vibrarmos muito quando alguém fizer certo as coisas.

Agora, se existe um gestor, que além de ser eficiente, consegue também ser eficaz – fazer um trabalho que atinja totalmente um resultado esperado, aí, merece aplausos. Esse é o maior diferencial na atualidade.

Qual o primeiro passo que um gestor deve dar no sentido de ser eficaz? Vamos responder a esta pergunta.

A verdadeira mudança de um estágio de pouca eficácia, ou eficácia zero, para um de máxima eficácia, ocorre quando as pessoas mudam os seus paradigmas. Se os mapas ou modelos mentais, que estão nas cabeças dos gestores não forem questionados, dificilmente ocorrerão mudanças. O problema não é o problema propriamente dito, mas o modo como vemos o problema.

Estamos sempre fazendo escolhas. O maior poder que temos é o poder de liberdade da escolha. E esta é difícil, porque a maioria das pessoas dirige sua vida considerando apenas os apelos externos, ao invés de considerar a busca interna dos seus reais motivos, necessidades e interesses.

Nessa sociedade em que vivemos, o barulho dos motores, dos televisores, dos computadores, dos outdoors, a pressão dos amigos, dos aliados, acaba nos desviando do silêncio interior, único lugar onde poderemos encontrar respostas absolutamente corretas.

O tumulto externo pode nos impedir de acessar a calma interna e as escolhas acabam sendo a extensão desse tumulto, que por si só desalinha a mente e as emoções, fazendo com que a visão e o foco fiquem distorcidos.

Para que possamos iniciar um caminho eficaz na condução de um cargo executivo, precisamos sair desse pesadelo gerador de desequilíbrios, onde as necessidades de uma população deixam de ser atendidas. Não existe receita e nem mágica. Depende da nossa escolha consciente, da identificação dos sonhos em todos os níveis da vida, dos princípios que colocamos na prática – que são os nossos valores humanos.

O caminho da eficácia exige disciplina, auto-conhecimento, desapego e humildade, o que não são características fáceis de serem manifestadas pela grande parte das pessoas que estão presas ao ego e aos fatores externos.

Tudo isso que acabamos de citar acima significa dizer, resumidamente, que o segredo do início da eficácia está na capacidade que tem o gestor de liderar a si próprio, conhecer a si mesmo, ter autocontrole. Esse é o primeiro passo.

Jamais alguém conseguirá liderar bem outras pessoas, isto é, conduzi-las para que se associem ao mesmo propósito, se não consegue liderar a si mesmo.

Infelizmente, não tem muita gente levando isso a sério. Pelo contrário, muitos acham que é pura filosofia, ou outra coisa qualquer. Enquanto pensarmos assim, continuaremos a amargar os resultados negativos, que estamos acostumados a ver nos trabalhos de gestão. E o Brasil, por enquanto, permanece a ser o país dos sem terra, sem teto, sem comida, sem água, sem luz, sem emprego, sem educação, sem saúde, sem segurança, do caos nos aeroportos etc.

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