A Polícia Civil de Alagoas apresentou – na manhã de hoje – dois acusados de envolvimento no seqüestro do funcionário público Alberto Menezes Leite. A vítima foi abordada pelos bandidos no bairro do Barro Duro, na sexta-feira, dia 30 março, e liberada após o pagamento de resgate, na madrugada do dia 1° de abril.
Em operação do Tático Integrado Grupo de Resgate (Tigre), comandada pelo delegado Flávio Saraiva, os dois acusados foram presos na cidade de Carmópolis (SE), distante 47 quilômetros de Aracajú, capital sergipana. Luis Ribeiro de Souza, o Corôa, e Leandro da Cunha Nascimento, conhecido como Carioca, reagiram a prisão e chegaram a trocar tiros com a Polícia Civil de Alagoas.
No entanto, os agentes do Tigre conseguiram apoio da Secretaria de Defesa Social de Sergipe e fecharam o cerco contra os assaltantes. Os dois terminaram presos. Dos R$ 7 mil pagos pelos familiares de Alberto Menezes para liberação da vítima, a Polícia Civil de Alagoas conseguiu recuperar dois terços do valor.
Com os presos, o Tigre apreendeu ainda uma pistola 765 e um revólver calibre 38. As armas não possuem registro e possivelmente já foram utilizadas em outros crimes. O serviço de inteligência do Tigre desconfia que a quadrilha possua “intercâmbio” com outros grupos criminosos e possa estar ligados ao bando de Marcos Capeta, Jamerson e Sassá. Estes dois últimos especializados em assaltos a residência.
Os dois envolvidos capturados pela polícia são foragidos do sistema prisional. Luis Ribeiro de Souza é condenado a três anos de regime fechado e o comparsa, condenado a 36 anos de pena. Ambos respondem pelos mais diversos delitos, que vão desde roubos a homicídio.
Conforme o diretor-geral da Polícia Civil de Alagoas, Carlos Alberto Reis, o primeiro contato dos criminosos com os familiares de Alberto Menezes Leite foi feito na madrugada do sábado para o domingo, quando foi confirmado o seqüestro e o caso repassado para o Tigre. “Antes do contato, nós trabalhávamos para colher informações sobre o desaparecimento”.
Após a liberação do refém, os trabalhos de investigação – como explica Reis – continuaram. Os bandidos foram mapeados, até a ação final em Carmópolis. A Polícia Civil ainda trabalha na prisão do restante do bando.
No momento em foram presos, os acusados estavam com identidades falsas. Leandro tinha um documento que o identificava como Almir Costa dos Santos e Coroa se passava por Rubens Sidnei Pereira dos Santos. Os documentos também foram apreendidos e serviram de peça para o inquérito.