O Conselho Municipal do Meio Ambiente (Compram) estará reunido às 9 horas, no auditório da Secretaria Municipal do Planejamento, para analisar o pedido de “autorização prévia”, encaminhado pela Superintendência da Limpeza Urbana – SLUM, para localização do aterro sanitário de Maceió em área do Bairro de Guaxuma.
A reunião promete muita polêmica e representa um recuo da Prefeitura de Maceió que, no ano passado, havia pedido a mesma autorização para uma área situada em terras da Usina Cachoeira do Meirim.
Durante a reunião o Instituto Eco Engenho, que representa as organizações não governamentais (ONG’s) no Compram, deverá apresentar relatório de vistas ao processo, criticando a escolha de Guaxuma para implantação de um aterro sanitário. As razões a serem apresentadas pelo Instituto são basicamente as mesmas já apresentadas pela Associação dos Moradores de Guaxuma que teme, entre outros impactos negativos, a contaminação dos poços tubulares que abastecem de água potável todos os bairros do litoral norte de Maceió.
À reunião deverão comparecer lideranças dos moradores da área de Guaxuma, dispostos a exigir, dos representantes da Prefeitura de Maceió, maior transparência sobre os reais motivos que levaram a municipalidade a desistir da área de Cachoeira do Meirim, depois de perder um ano inteiro que deveria ter sido gasto com estudos que não foram realizados e cujo objetivo era exatamente o de confirmar as condições da primeira escolha.
William Salim, presidente da Associação dos Moradores de Guaxuma considera essencial que as coisas “sigam rigorosamente os trâmites legais. Se a área de Cachoeira do Meirim – declarou ele – que foi pontuada em primeiro lugar pela Universidade Federal de Alagoas e pelos Estudos de Impacto Ambiental, apresenta riscos que, inclusive não foram comprovados cientificamente, riscos maiores ainda existem na área de Guaxuma.”
Por isso Salim vai pedir ao Compram que se abstenha de qualquer licenciamento até que a Prefeitura “cumpra com as condicionantes da licença anterior e realize os estudos e sondagens preliminares que indiquem efetivamente a segurança ou insegurança da área de Cachoeira do Meirim. Não se pode – disse ele – resolver problema de tal complexidade com base em simples pareceres ou para atender interesses de particulares, quando o que está em jogo é o bem estar da comunidade.”