O Laboratório Industrial e Farmacêutico de Alagoas (Lifal) deve passar a produzir, ainda este ano, o Lifaltacrolimus, utilizado por pacientes transplantados. A medida deverá será adotada após o laboratório estatal ter conseguido na Justiça o direito de continuar fabricando, comercializando e distribuindo o remédio.
Atualmente, o medicamento é fabricado, por meio de consórcio, pelo laboratório Medape, de São Paulo, e distribuído pelo Lifal, dono do registro do Tacrolimus. “Estamos com um laboratório quase montado para passar a fabricá-lo aqui mesmo”, disse o presidente do órgão, Wilson Barreto, acrescentando que o laboratório alagoano detém o registro do medicamento até 2009.
Segundo ele, a partir de uma nova resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) garantindo o direito de fabricação e comercialização, o Lifal voltará a aceitar pedidos de compra do medicamento por parte do Ministério da Saúde.
“Vamos fazer novamente uma programação mensal de venda com base nos pedidos das secretarias estaduais de Saúde”, afirmou, ressaltando que o remédio é vendido com preço 30% mais barato do que o comercializado pelo laboratório concorrente, que é uma multinacional.
De acordo com a resolução nº 904 de 30 de março, a Anvisa desconsidera os efeitos da resolução nº 536, que determinou a suspensão da fabricação, comércio e distribuição e uso em todo o país do medicamento Lifaltacrolimus. A decisão favorável ao laboratório foi tomada a partir de um mandado de segurança impetrado junto ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Reestruturação
A nova diretoria vem realizando uma reestruturação no Lifal, que inclui todo um levantamento contábil-financeiro. “A determinação do governo é para que possamos encontrar alternativas para o laboratório ser viabilizado”, comentou Wilson Barreto”.
