O comandante-geral da Polícia Militar, coronel Rubens Goulart, voltou a afirmar que o aquartelamento de aproximadamente cinco mil soldados, cabos e bombeiros – anunciado pela associação – não se concretizou, pois foi uma ação precipitada de seus idealizadores.
Previsto para se encerrar às 19h de hoje, o aquartelamento gerou muita discussão e acusações entre o Comando da PM e a Associação de Cabos e Soldados.
Ambos acusam o lado oposto de exercer pressão sobre seus membros para o fim ou manutenção do movimento paredista.
Goulart afirmou que a deliberação pelo aquartelamento foi completamente fora de nexo, uma vez que as negociações sequer tiveram início entre a categoria e o governo do Estado. A categoria exige o pagamento de reajuste no valor de 88,45%.
O comandante da PM afirmou que os comandantes de Batalhão foram orientados a conversar com seus subordinados, “sem pressão”, para que não aderissem à greve, mas aqueles que furaram os turnos de serviço serão punidos conforme está previsto no Código Militar.
Quanto ao atentado à casa do subcomandante do 3° Batalhão, instalado na cidade de Arapiraca, Rubens Goulart afirmou que não tem dúvidas de que o ato tenha sido em represália à determinação do comandante daquela unidade, que na sexta-feira ordenou a prisão de 40 militares que haviam se aquartelado.
Goulart afirmou que na próxima segunda-feira, impreterivelmente, será aberto inquérito policial militar e ele espera que os “vândalos” sejam punidos.
A expecativa do comandante geral da PM é que tudo volte à normalidade a partir das 19h de hoje e que na próxima semana as negociações sejam retomadas com os representes do governador Teotonio Vilela Filho.