A ave que simboliza a paz agora é tida como risco à saúde da população. Longe da aparente ave inofensiva, o pombo (Columba lívia) é uma potencial fonte de transmissão de doenças, como a histoplasmose, a criptococose e a clamidiose, além de rinite e bronquite alérgicas.
Para prevenir a disseminação das doenças, a coordenação do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) está em campanha para alertar à população dos riscos e pedir que as pessoas deixem de alimentar as aves.
“Estamos fazendo esse alerta porque as pessoas que alimentam essas aves não têm consciência de que, ao invés de realizarem um ato de bondade, estão contribuindo para que se reproduzam e coloquem a saúde de um número cada vez maior de pessoas em situação de risco”, ressaltou o coordenador do Centro de Controle de Zoonoses, Carlos Eduardo da Silva.
As aves têm tido rápida proliferação nas áreas urbanas e a transmissão das doenças é feita, principalmente, pela inalação de poeira contendo resíduos de fezes de pombos contaminados. Pode haver ainda a presença de ácaros (piolhos de pombos) entre as penas, que, ao entrarem em contato com o ser humano, podem causar irritações de pele.
Degradação
Outro dano causado pela presença de pombos é a degradação de fachadas de prédios e monumentos, onde as aves costumam pousar, fazer ninhos e eliminar as fezes, provocando mau cheiro e sujeira.
Para se evitar a presença e a proliferação de pombos em áreas urbanas, as pessoas podem tomar alguns cuidados, como não alimentá-los sob hipótese alguma; acondicionar de maneira adequada (em sacos de lixo fechados) os resíduos de alimentos; telar caixas de ar-condicionado; obstruir ou tapar espaços existentes entre telhas e a laje, para impedir que os mesmos façam ninhos; e evitar detalhes em construções que possam, no futuro, servir como abrigo ou área de repouso para as aves.
Com Secom/Maceió