O sistema penitenciário de Alagoas prossegue dando sinais explícitos de falência. Na tarde e noite desta terça-feira, o Presídio Luis de Oliveira Souza, localizado em Arapiraca, registrou uma rebelião de mais de 11 horas, com dois reféns, entre eles o padre belga José Theiser, e que resultou no afastamento do diretor do presídio, tenente José Maria.
Até a madrugada, o clima foi de muita tensão entre os 292 detentos do presídio, a capacidade é para apenas 128, que alegaram maus tratos e a ausência de progressão de pena.
Em Maceió, o Centro de Detenção, construído para receber presos sub judice, mas que enfrenta problemas de segurança devido às instalações inacabadas, registrou uma confusão entre quatro detentos do Pavilhão I da unidade.
De acordo com o diretor do Cadeião, Osvaldo Bittencourt, a briga entre os quatro detentos – cujas identidades não foram reveladas – só terminou após a intervenção de agentes do Grupo de Ações Penitenciárias (GAP), que invadiu o pavilhão e atirou balas de borrachas para encerrar a briga.
Os quatro detentos foram encaminhados para a Unidade de Emergência Dr. Armando Lages, onde receberam atendimento e depois foram recambiados para a Casa de Custódia.
Mas esta não foi a primeira confusão registrada na unidade esta semana. Na segunda-feira, a Diretoria de Segurança e Inteligência (DSI) abortou uma tentativa de fuga no Cadeião.
Segundo Bittencourt, seis presos da cela 3, do pavilhão 2, cerraram a grade da janela e esperavam um descuido da guarda para fugir do Cadeião, mas o plano foi abortado graças à descoberta da grade cerrada.
O diretor do Cadeião afirmou que a unidade está no seu limite, abrigando 260 presos sub judice, todos oriundos das delegacias do Estado e que aguardam julgamento.
Na manhã de ontem, depois da confusão, os agentes penitenciários relalizaram uma revista no Pavilhão I, onde foram encontrados diversas armas artesanais.
Neste momento, de acordo com o diretor, o clima é de tranquilidade na Casa de Detenção de Maceió.