Foi definida na sessão desta terça-feira, dia 08, a comissão de vereadores que vai conhecer a usina de lixo da cidade de Mucugê, na Bahia. Ela é formada pelos vereadores Galba Novaes (sem partido), Robson Calheiros (PMDB), João Mendes (PR), Thomas Beltrão (PT), José Márcio (PTB), Eduardo Canuto (PV) e Marcelo Malta (PC do B).
A viagem está marcada para o próximo dia 14 e será custeada pelos próprios vereadores. “Não queremos que a Câmara Municipal arque com nenhuma despesa. Essa iniciativa foi nossa, e portanto, vamos pagar todos os custos dela”, esclareceu Galba Novaes, autor do requerimento que instituiu a comissão e que foi apresentado na sessão do último dia 02, sendo aprovado por unanimidade.
Em Mucugê, o grupo de parlamentares vai acompanhar, por dois dias, os funcionamentos da coleta seletiva de lixo e da usina de compostagem e reciclagem de lixo.
“Lá, alguns trabalhos são desenvolvidos em dias diferentes. De segunda a sábado a Prefeitura faz a coleta dos lixos residenciais e hospitalares, ambos no mesmo horário, mas que são armazenados em locais diferentes. A segunda etapa da coleta é realizada as terças e quintas, sempre às 14 horas, onde é recolhido apenas o material reciclável do comércio e das residências que fazem a coleta seletiva. É importante frisar que 60% da população já fazem a separação entre os lixos orgânico e inorgânico”, explicou Novaes.
Relatório
Depois da visita, a comissão de vereadores fará um relatório com informações a respeito do funcionamento da usina de lixo e vai apresentá-lo ao prefeito Cícero Almeida.
“Queremos que Maceió avance nesse sentido. Essa usina deverá funcionar nas proximidades do aterro sanitário que será construído em Maceió e vai gerar emprego e renda para muita gente. E mais, nada impede que façamos outras usinas, em bairros diferentes”, sugeriu o vereador.
Argumentos
Para Galba Novaes, a alternativa de implantação da usina de lixo em Maceió será um passo decisivo para tornar a capital alagoana referência no tratamento do lixo. “Depois que o caminhão chega, tudo é separado da maneira mais adequada. Aquilo que é reciclável vai para o depósito de armazenamento, o lixo orgânico (comida, cascas de fruta, de verduras, legumes) segue para o pátio de compostagem para ser transformado em adubo e os restos de carnes e de material de higiene pessoal são enviados ao aterro sanitário, que fica vizinho à usina”, detalhou.
Vantagens
Pelas primeiras informações recebidas de Mucugê, esse processo de separação apresenta vantagens significativas em termos de produtividade em relação à catação selvagem no lixão. “Até onde pude entender, o uso de tecnologia adequada, com utilização de equipamentos simplificados e mão-de-obra intensiva, vem apresentando resultados bastante positivos na cidade. Inclusive bons resultados em termos de economicidade e qualidade do produto final”, destacou Galba Novaes.
