Taxistas protestam contra onda de assalto e violência

Sionelly Leite/Alagoas24horasUbiraci Correia reclama de falta de segurança

Ubiraci Correia reclama de falta de segurança

Os taxistas de Maceió se reuniram – na manhã de hoje – para protestar contra a onda de assaltos da qual têm sido vítimas. Somente este ano, dois trabalhadores já foram assassinados no exercício da função. Além dos dois homicídios, o Sindicato dos Taxistas registra a ocorrência de 20 assaltos em 2007.

Conforme o presidente do Sindicato dos Taxistas, Ubiraci Correia, a intenção da carreata, que parte da Praça da Faculdade em direção ao Palácio República dos Palmares – sede do Governo do Estado – é chamar a atenção dos órgãos públicos, principalmente do comando da Polícia Militar de Alagoas.

Correia reivindica uma maior atenção com o sistema de rádio integrado entre os taxistas e a Polícia Militar, que abrange 1.200 trabalhadores e mais barreiras nas saídas da cidade, para evitar mortes como as que ocorreram este ano. Conforme Ubiraci Correia, as cobranças já foram feitas em um Plano de Segurança, traçado em conjunto com a Polícia Militar, mas nunca funcionou a contento.

“O sistema melhor, mas falta policial. O último assalto seguido de morte aconteceu por isto. Não havia segurança no local. Este ano já estivemos em reunião com o Comando da Polícia Militar. Não podemos esperar acontecer uma desgraça para agir”, colocou Ubiraci Correia.

Nos últimos quatro anos, conforme Correia, foram mais de 20 taxistas assassinados no exercício da função. O Sindicato dos Taxistas chegou a formular uma cartilha com algumas diretrizes a fim de evitar assaltos. “Nós confeccionamos, mas falta ainda à impressão”, comentou.

Entre os pontos principais da cartilha estão as orientações para: não aceitar corridas muito vantajosas; não parar em locais sem muito movimento; utilizar emblemas para mostrar que o carro é rastreado e parar sempre nas barreiras policiais.

Em Alagoas, são cerca de cinco mil taxistas. A maior parte se concentra em Maceió, com quase três mil trabalhadores. De acordo com dados do Sindicato do Taxista, 80% destes são filiados e se engajaram na luta por melhorias na segurança pública.

O protesto é uma reação ao homicídio ocorrido na quarta-feira passada. O taxista Dênis Ferreira Medeiros, 43, foi assassinado com três tiros de revólver, sendo um na nuca, um na costela e um na perna esquerda. Dênis Ferreira foi morto no bairro do Benedito Bentes, próximo a Favela de Lona, depois de assalto.

Na madrugada de hoje, outro taxista foi vítima de bandidos. Humberto Silvino foi esfaqueado durante um assalto. Ele chegou a travar luta corporal com dois bandidos, que conseguiram fugir levando as chaves de seu veículo. Silvino foi ferido com um corte no braço, socorrido e encaminhado para a Unidade de Emergência. Ele passa bem.

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