Dando prosseguimento à luta contra a fusão dos hospitais Hélvio Auto e José Carneiro, médicos, enfermeiros, servidores e alunos que trabalham em ambas unidades realizam na manhã de hoje mais um protesto contra a fusão das unidades hospitalares, anunciada pela Secretaria Executiva de Saúde, por meio da Uncisal.
“Os servidores irão realizar passeatas no entorno do hospital para chamar a atenção da população para a determinação da Sesau. Além disso, vamos comparecer à reunião no Conselho Regional de Medicina, que acontece no começo da tarde hoje, para tentar pressionar os gestores de saúde do Estado e forçá-los a perceber a gravidade da situação”, afirmou um dos servidores do Hospital Escola José Carneiro.
De acordo com a médica Luciana Pacheco, integrante do corpo médico do Hélvio Auto, a unidade hospitalar possui atualmente 113 leitos destinados ao atendimento de pacientes com doenças contagiosas e infecciosas. “Somos a única unidade no Estado com condições de oferecer este atendimento à população e em caso de redução de leitos este atendimento será radicalmente prejudicado”, avalia.
Já o Hospital Escola José Carneiro teve sua capacidade reduzida devido à reforma pela qual vem passando suas instalações de 108 para 60 leitos, com 780 funcionários. Segundo funcionários, eles já vêm sendo penalizados com o funcionamento improvisado do hospital em extensões como o 1° Centro de Saúde, e temem que a fusão para a criação do Hospital-geral resulte em demissões em massa e na redução de leitos, o que prejudicaria a população.
Durante a manifestação, os servidores do Hospital Escola José Carneiro se reuniram no 1° Centro de Saúde, na Prala das Graças, onde está funcionando a clínica médica do hospital, durante a reforma do prédio anexo à Unidade de Emergência.
À tarde, os servidores se reúnem no Centro Formador de Recursos Humanos, a partir das 14h, de onde seguirão para a Escola Técnica de Saúde, na Rua Pedro Monteiro, onde participam da reunião do Conselho Estadual de Medicina.