Embora a licença prévia para a construção do aterro sanitário em Guaxuma tenha sido emitida, sua localização voltou a ser tema de debate nesta manhã, no auditório da Prefeitura de Maceió, reunindo principalmente o setor imobiliário do Estado.
Estão reunidos neste debate representantes de associação de moradores, setores ligados ao turismo, meio ambiente e imobiliário, além dos técnicos da Prefeitura de Maceió, como o secretário de Meio Ambiente, Ricardo Ramalho, e o superintendente de Limpeza Urbana de Maceió, Lauriano Omena, além do procurador-geral do Município, Diógenes Tenório, e o secretário-geral de governo, Elionaldo Magalhães.
Segundo o prefeito Cícero Almeida, que abriu a reunião, o objetivo do encontro é dirimir qualquer dúvida sobre a instalação do aterro em Guaxuma e finalmente chegar ao consenso sobre sua localização.
No entanto, o desejo de Almeida parece estar longe de se concretizar. Durante a reunião, empresários e moradores da reunião apontaram desde falhas técnicas até questões mercadológicas para justificar a não-instalação do aterro em Guaxuma.
O presidente do Sinduscom, Mário Holanda, questionou a o laudo técnico da Companhia de Abastecimento de Água (Casal) que impede a instalação do aterro na região do Meirim, devido à possibilidade de contaminação dos mananciais.
Outro ponto negativo indicado pelos opositores do aterro em Guaxuma foi a proximidade com a área urbana. Segundo a professora universitária Regina Coeli, residente na região, o aterro não atenderia às especificações técnicas por se localizar dentro da área urbana, nem as dimensões exigidas, 77 hectares de área plana, com 80 metros acima do nível do mar.
O crescimento da região, com instalação de resorts e condomínios de luxo, além da situação dos atuais moradores também foi citado pelo presidente da Associação de Moradores do Conjunto Elias Bonfim, Fernando José, que também de opõe à instalação do aterro na região.
A discussão deve prosseguir pelos próximos dias, no entanto, o prefeito Cícero Almeida (PP) garantiu que a discussão visa, sobretudo, o encerramento da polêmica, mas que não há previsão de mudança para a área do aterro sanitário de Maceió.