A Secretaria Estadual de Saúde, por intermédio do Projeto de Assistência à Saúde Mental (Prosam), junto com os Centros de Atenção Psicossocial (Caps) do Estado, e em parceria com o Serviço Social do Comércio (Sesc), comemora hoje, o Dia Nacional da Luta Antimanicomial, no Sesc-Guaxuma, das 9 às 15h.
Estarão participando do evento, cerca de mil pessoas entre usuários dos Caps, familiares e técnicos que atuam na área de saúde mental, tanto do Estado como dos municípios. O objetivo é integrar as equipes de profissionais de Saúde Mental e os usuários cadastrados nos 41 Caps existentes no Estado, sendo cinco em Maceió e o restante no interior, para comemorar o Dia da Luta Antimanicomial.
Segundo o coordenador do Prosam, psicólogo Berto Gonçalo, a data deve ser comemorada, por ser um marco da reforma psiquiátrica. “18 de maio foi instituído como o Dia da Luta Antimanicomial por lembrar a fundação de um dos maiores hospitais psiquiátricos do país, o Juquery de Franco da Rocha, localizado no Estado de São Paulo, símbolo maior do processo de isolamento social do ser humano com tratamento degradante, segregando o paciente do seu meio social”, explicou.
Para ele, é dia também de reafirmar o compromisso com a causa antimanicomial, pelo fim dos hospícios, vistos como instituição ultrapassada. “Dia de comemorar a implantação de 41 Caps no Estado, como resultado do movimento da Reforma Psiquiátrica que com a adoção de serviços substitutivos aos manicômios já conseguiu desospitalizar muitos internos e reduzir o número de leitos psiquiátricos”, destacou o psicólogo.
Cada Caps levará alguns profissionais de sua equipe interdisciplinar, como enfermeiro, terapeuta ocupacional, que ficarão responsáveis pelo transporte, medicação e alimentação dos seus usuários.
Atividades – Várias atividades já estão definidas para acontecer durante todo o dia, a exemplo de oficinas de pintura, jogos, exposição de trabalhos manuais produzidos pelos usuários, apresentações artísticas e até um torneio de futebol.
“Estamos organizando com muito carinho um dia de atividades que promovam integração, interação social e descontração. Queremos mostrar que a convivência social com esses usuários é possível, e abominar os atos de isolamento que ainda existem no trato com as pessoas com transtorno mental”, comentou Berto Gonçalo.
Os Caps são serviços onde os usuários recebem não apenas o tratamento de saúde, mas também promovem um trabalho com os familiares e articulam a inserção social, por meio de cursos profissionalizantes com vistas à inclusão no mercado de trabalho. Além disso, os usuários participam de oficinas de alfabetização e terapêuticas, com música, dança, produção de artesanato, teatro e outros.