Em ação rápida, o líder da maior quadrilha de assalto no Estado conseguiu fugir do presídio Rubens Quintella na madrugada deste sábado. José Eraldo Bezerra Leite, o Eraldo do Gás, fugiu com mais seis companheiros. Todos respondem por crime de assalto.
A informação foi repassada pela Superintendência de Administração Penitenciária (SAP), através de sua assessoria. Segundo as informações, os seis reeducandos cerraram a grade do módulo, tiveram acesso à igreja (interditada devido à depredação do prédio), pularam o muro dos fundos do presídio e fugiram em direção ao conjunto Gama Lins.
A fuga ocorreu na madrugada de sábado, por volta de 1h30. Conseguiram fugir reeducandos de três módulos do presídio. Devido as condições precárias em que a unidade prisional se encontra – oriunda de sucessivas rebeliões – os reeducandos têm acesso à grande parte dos módulos.
Conseguiram fugir: Claudemir Farias dos Santos (conhecido como Neguinho), 27 anos, que responde por crime de roubo qualificado; Fábio Adriano da Silva, 30, que responde por assalto à mão armada; Klebson Alves da Silva, 24, crime de assalto à mão armada; José Aparecido Braz Segundo (Lelé), 35, que aguarda julgamento por ameaça e extorsão; José Eraldo Bezerra Leite (Eraldo do Gás), 36, que responde por roubo qualificado; e Marcelo da Silva Correia, 25, que tem como crimes homicídio, assalto à mão armada e formação de quadrilha.
A superintendência informou que no momento da fuga, não havia policiamento na guarita da Polícia Militar e a ação de fuga não foi percebida pelos agentes do posto que fica aos fundos do prédio. Chegou a se fazer buscas na região na tentativa de recapturar os foragidos, mas não houve êxito.
A relação com os nomes dos foragidos foi repassada para as unidades policiais do Estado, mas, até o momento, nenhum dos seis reeducandos foi recapturados e a Superintendência Penitenciária abrirá uma sindicância para apurar as circunstâncias da fuga.
Rubens Quintella
O Presídio Rubens Quintella, antigo São Leonardo, existe há 42 anos e foi a primeira unidade construída no Complexo Prisional do Estado. Chegou a ser reformado e reinaugurado com novo nome em 2005. Em novembro do mesmo ano, o presídio passou por sua pior fase, com sucessivas rebeliões, o que acarretou na depredação do prédio.
A unidade prisional foi interditada pelo juiz da Vara de Execuções Penais, Marcelo Tadeu, na última quarta-feira (30.05), atendendo pedido do promotor de Justiça, Flávio Gomes que atestou falta de estrutura física, de higiene e insalubridade.
A proposta de interdição já havia sido levantada pelo superintendente de Administração Penitenciária, tenente-coronel Luiz Bugarin, durante reunião do Gabinete de Gestão Integrada (GGI). Para Bugarin, além da inexistência de condições humanas para funcionamento, o presídio apresenta grandes danos na estrutura física que compromete a segurança dos presos e funcionários.
Desde a última quinta-feira (31) – dia da publicação da interdição no Diário Oficial do Estado – que a unidade prisional não recepciona presos.