Municípios não têm controle dos gastos com iluminação pública

AMA lança 1º Consórcio de Iluminação Pública do país

O levantamento preliminar feito, recentemente, pela AMA (Associação dos Municípios Alagoanos) mostrou que, entre 15 municípios pesquisados, 12 pagavam a mais pela Iluminação Pública do que o valor que consumiam e, os outros três, pagavam menos do que deviam à Companhia Energética de Alagoas (Ceal).

Os resultados foram decisivos para que a presidência da AMA lançasse o primeiro consórcio de municípios de Alagoas – o Consórcio Intermunicipal para Gestão de Iluminação Pública (Cigip), que também é o primeiro da área no Brasil.

“Nem a Ceal, nem as prefeituras têm controle sob o consumo de Iluminação Pública dos municípios; não sabemos a potência instalada nem a tensão oferecida. Em Jaramataia, por exemplo, o levantamento da AMA mostrou que a prefeitura pagava três vezes mais de energia do valor real que era consumido”, explicou o prefeito Marcelo Souto, vice-presidente da AMA.

Marcelo Souto ainda contou que o consórcio foi lançado há cerca de 20 dias e os prefeitos aguardam apenas a fase de instalação jurídica para que o processo de licitação possa começar. A empresa vencedora implantará sistemas modernos, com centrais computadorizadas alimentadas por dados do mapeamento da rede municipal, o que servirá para planejar o melhor uso da energia.

“É um instrumento novo de gestão regulamentado por lei, que propicia aos municípios a melhor solução para os problemas. Atualmente, há deficiência na prestação do serviço de Iluminação Pública, principalmente nos pequenos municípios”, explicou o prefeito.

Atuação

O consórcio vai poder abranger todos os 102 municípios, mas para isso, é necessário que as Câmaras de Vereadores aprovem a participação do município, o que já foi feito em cerca de 25 cidades.

Logo que entrar em vigor, a empresa responsável pela parte técnica cadastrará todos os pontos de Iluminação Pública dos municípios. Com esse levantamento, será possível identificar o consumo real e montar ainda um banco de dados.

Na segunda fase do projeto, será feita a manutenção do serviço, como a substituição de lâmpadas por outras econômicas e a implantação de sensores nos postes, para programar o horário de ligar e desligar as lâmpadas, o que reduzirá o consumo.

“Nós acreditamos que os municípios terão uma economia imediata de pelo menos 20% no consumo, que será revertida para expandir e melhorar o sistema”, afirmou Marcelo Souto.

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