Delegado afirma isenção na investigação da morte de Beto Campanha

Em entrevista agora há pouco, no programa Ministério do Povo – da rádio Gazeta AM – o delegado Mário Jorge Barros informou que os trabalhos de busca e apreensão coordenados por ele nesta manhã foram direcionados à oito residências de acusados de envolvimento na morte do vice-prefeito.

Entre as residências estavam a da primeira-dama, Telma Lúcia Tavares Prado, além das casas dos também acusados de autoria intelectual no assassinato: da presidente da Comissão de Licitação da prefeitura de Pilar, Genilda Medeiros de Omena; do ex-secretário de Infra-Estrutura, Geraldo Carvalho Domingos e do policial militar Petrúcio Cavalcante (Tu).

“Na operação, apenas não foi cumprido o mandado de apreensão na residência de Genilda pelo fato dela não residir mais no endereço informado. Entre os materiais apreendidos estão CPU’s que serão periciados e, caso seja encontrado algum material que tenha relação com o crime, posteriormente encaminhados para o Ministério Público e o Poder Judiciário”, explicou Barros.

Na residência do policial militar Petrúcio Cavalcante, conhecido como Tu, a polícia apreendeu ainda grande quantidade de cópias de matérias de um jornal local. Segundo o delegado, o material deveria se entregue aos moradores de Pilar, a 42 km de Maceió, para desvirtuar as investigações.

“Sabemos que outros materiais como estes [cópias de jornais] já foram distribuídos na cidade. Todo o material apreendido será entregue ao juiz da 17ª Vara Criminal”, completou.

Mário Jorge alegou ainda lamentar o fato de o Judiciário não ter determinado ainda as prisões das pessoas indiciadas no processo. “Cabe a Polícia Civil apurar o fato e indiciar os culpados. Meu trabalho eu fiz, o Ministério Público acompanhou e acatou o meu parecer. Mas respeito a decisão do Judiciário de não decretar as prisões”, disse.

Isenção

O delegado que presidiu o inquérito policial sobre o assassinato do vice-prefeito de Pilar, Gilberto Pereira Alves (o Beto Campanha), rebateu as declarações de que as investigações seriam direcionadas. Mário Jorge Barros alegou isenção nas investigações e desafiou quem afirmasse o contrário.

Mário Jorge afirmou manter a isenção nas investigações e que apenas indiciou as pessoas que teriam indícios de envolvimento com o crime. Ele alegou que seu trabalho é apoiado pelo atual diretor-geral de Polícia Civil, Carlos Alberto Reis, e pelo governador Téo Vilela.

"Tenho consciência do trabalho que fiz. O que tem que acabar é o medo de se punir as pessoas que se dizem poderosas no Estado. Fiz o meu trabalho e indiciei aqueles que, na conclusão do processo, tinham envolvimento na morte do vice-prefeito. E desafio quem disser o contrário”, complementou.

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