Agora, é a população de Estrela de Alagoas que vai decidir quem deve ficar no lugar da ex-prefeita Ângela Garrote (PP) e do vice, José Teixeira Oliveira (PP), que tiveram os mandatos cassados pelo Tribunal Superior Eleitoral.
Nesta sexta-feira, seria realizado o processo eleitoral indireto no município, no qual apenas os vereadores elegem o novo prefeito. No entanto, o juiz Galdino José Vasconcelos decidiu cancelar as eleições indiretas e deixar que o povo escolha os novos prefeito e vice.
“Resolvi cancelar a decisão hoje, baseado em um recurso impetrado por uma das partes. Amanhã, os oficiais de Justiça cumprirão a determinação, que também deve ser publicada em Diário Oficial”, afirmou o juiz.
As próximas eleições estão marcadas para acontecer no dia 15 de julho.
Mandato
Ângela Garrote foi afastada do cargo por ter sido casada com o prefeito que a antecedeu, Antônio Garrote (falecido em 2005). Ela foi denunciada pelo candidato da oposição em 2004, Francisco José Sobrinho, que afirmou que Ângela teria forjado o divórcio para perpetuar a família no poder.
Com base nessa alegação, ela foi declarada inelegível, conforme determina o artigo 14*, parágrafo 7º, da Constituição Federal, que veda a eleição de cônjuges e parentes consangüíneos ou afins do presidente da República, de governadores e de prefeitos.
Na época, a prefeita afastada afirmou que está de fato separada desde 1999, e que a sentença do divórcio transitou em julgado em 2000, quando Antônio Garrote exercia seu segundo mandato. Assim, quando ela disputou as eleições de 2004, já estaria separada há cinco anos.
Desde o dia 9 de maio, quando foi dada a decisão do TSE, quem assume o cargo é a presidente da Câmara de Vereadores, Geralda Ferro (DEM).
